O ministro Herman Benjamin, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou habeas corpus que buscava a liberdade provisória de Pedro Carlos Christiano, preso por tráfico de drogas no âmbito da Operação Sintetics, deflagrada pela Polícia Civil em dezembro passado contra integrantes de suposta associação criminosa que vinha comercializando entorpecentes sintéticos em Cuiabá. Decisão foi proferida nesta quarta-feira (8).
Leia mais: Bosaipo e contador são condenados a devolverem R$ 1,6 milhão por desvios da AL via empresa "fantasma"
Embora a defesa de Pedro tenha sustentado que ele estaria sendo constrangido por ostentar predicados favoráveis, que medidas cautelares seriam suficientes e que o paciente já havia sido investigado anteriormente pelos mesmos fatos e liberado mediante alvará de soltura, Benjamin anotou que os argumentos expostos ao STJ ainda não tiveram o mérito analisado pelo Tribunal de origem, o que inviabiliza a concessão do recurso.
Ao solicitar à Justiça a deflagração da Operação, a Polícia Civil apresentou indícios de que Pedro Carlos se associou a outros suspeitos para a comercialização de drogas (maconha, MDMA, Ecstasy) em sua própria casa, bem como nas modalidades rateio e delivery.
No dia 6 de dezembro, a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), cumpriu 52 mandados contra integrantes da suposta organização.
Foram cumpridas prisões preventivas, buscas e apreensões, além de intimações para monitoramento eletrônico. Quatro suspeitos foram presos preventivamente, e 13 intimados para comparecimento judicial e colocação de tornozeleiras eletrônicas.
O grupo foi desmantelado depois da prisão de um casal que comercializava drogas sintéticas em festas ‘rave’ e no meio universitário. A maioria dos investigados são estudantes de faculdade e praticam o tráfico em conjunto com o casal.
As investigações prosseguem com o objetivo de identificar e responsabilizar outros integrantes da associação criminosa.
