Olhar Jurídico

Segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Notícias | Criminal

duplicidade

Justiça arquiva notícia de fato contra ex-PF acusado de esquema junto da 'musa dos investimentos'

Foto: Reprodução

Casa alvo de operação

Casa alvo de operação

Juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, determinou arquivamento de Notícia de Fato instaurado em desfavor do ex-servidor da Polícia Federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, supostamente envolvido em esquema ilegal de "pirâmide financeira" liderado por Taiza Tossat, conhecida como "musa dos investimentos". 


Leia também
Justiça mantém rescisão de acordo de colaboração firmado com membro de esquema liderado por Riva

 
Notícia de Fato foi atuada a partir do envio de cópia do Processo Administrativo Disciplinar, da Corregedoria da Polícia Federal, instaurado em desfavor de Ricardo Mancinelli.
 
Segundo informado, o ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, aplicou a penalidade de demissão ao noticiado e determinou a remessa de cópia dos autos ao Ministério Público Federal. Ao receber cópia dos autos, o MPF declinou da atribuição para o MP Estadual.
 
Segundo o Ministério Público Estadual, os fatos noticiados, que culminaram com a demissão do servidor público federal, já foram objeto de denúncia ofertada em novembro de 2024. Assim, a continuidade da notícia de fato enviada pelo MPF poderia causar duplicidade.
 
“Assim, coadunando com a manifestação ministerial, a qual adoto como razão de decidir, determino o arquivamento do feito”, decidiu Jean Garcia de Freitas Bezerra.
 
O caso

Ricardo Mancinelli Souto Ratola foi denunciado junto de Diego Rodrigues Flores e a empresária Taiza Tossat. Há suspeita da prática dos delitos de lavagem de dinheiro, estelionato, crimes contra a economia popular (pirâmide financeira) e associação criminosa.
 
A empresária usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros. Com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.

As vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas. Ao solicitarem a devolução dos valores investidos, a empresária inventou desculpas até deixar de responder completamente às vítimas. 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet