O desembargador Orlando Perri, membro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), comentou na segunda-feira (6) que ainda acredita na superioridade dos órgãos de segurança em comparação às facções criminosas.
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Questionado se o Brasil caminha para se tornar um “narcoestado”, Perri foi enfático. “Não, creio que não. Eu não posso pensar que o Brasil vai se perder, virar uma Venezuela, ou um outro país sem nenhum controle com relação à segurança pública. O Brasil tem todas as condições para não permitir que nós cheguemos a esse estado de coisa”.
No Brasil, notícias têm relatado sobre mortes de pessoas que posam para fotos fazendo gestos interpretados como símbolos de facções. Em Mato Grosso, Rayane Alves Porto, 25 anos, e Rithiele Alves Porto, 28 anos, foram assassinadas na madrugada do dia 14 de setembro, em Porto Esperidião, após saírem de uma festa. As irmãs estavam acompanhadas de outros dois rapazes.
Conforme investigação inicial, o crime foi cometido em razão das irmãs terem, dias antes, tirado foto fazendo gesto que supostamente fazia menção a uma facção rival dos autores do crime.
O adolescente Henrique Marquez de Jesus, de 16 anos, foi encontrado morto nas imediações da vila de Jericoacoara, no Ceará, após desaparecer na noite de 16 de dezembro. Ele era de Santos (SP) e viajava de férias com o pai. A família acredita que o jovem tenha sido assassinado por causa de um gesto com as mãos feito por ele em uma foto registrada no local.