A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) reafirmou que está acompanhando o desenrolar da Operação Office Crime, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC-MT) nesta quinta-feira (28), tendo como alvo advogados e empresários suspeitos de terem envolvimento na morte do advogado e ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery.
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"Nestes quase cinco meses de investigação, a OAB-MT não hesitou em cobrar as autoridades policiais, a quem compete investigar e elucidar o crime, e de acompanhar toda a apuração deste caso. A OAB-MT continuará a cumprir seu papel intransigente de defesa das prerrogativas e a incessante busca pela elucidação do crime contra a vida do Dr. Renato Nery", reafirmou a ordem nesta quinta, por meio de nota oficial.
Os advogados Antônio João de Carvalho Junior, Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araujo foram alvos da Polícia Civil por suspeita de envolvimento na morte do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso, Renato Nery em julho deste ano.
A empresária identificada como Julinere Goulart Bentos, de Primavera do Leste, também foi alvo, assim como seu marido, César Jorge Sechi. A investigação está sob sigilo. Não há detalhes sobre individualização das condutas. César seria casado com Julineri.
Os mandados em Cuiabá foram cumpridos nos condomínios Florais dos Logas, Florais Cuiabá e Terra Selvagem Gof Club. Em Primavera do Leste, no condomínio Cidade Jardim.
Renato foi assassinado no dia 5 de julho deste ano, enquanto chegava no escritório dele, na avenida Fernando Correa da Costa. Ele foi atingido por pelo menos sete tiros, sendo que alguns atingiram a cabeça do advogado.
Desde então, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) realiza buscas pelos suspeitos envolvidos no crime. No mês de julho, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades de Guarantã do Norte, Cuiabá e Várzea Grande.
Durante a investigação, foi confirmado que o ex-presidente da OAB-MT foi morto por envolvimento nos processos de disputa de terra. Além disso, foi constatado o envolvimento de advogados e empresários.