O advogado Gaylussac Dantas de Araujo, alvo de operação na manhã desta quinta-feira (28) para investigar a morte do advogado Renato Nery, afirmou ao Olhar Jurídico que é inocente e que não mantinha contato com vítima do homicídio praticado no dia cinco de julho.  Ainda conforme Gaylussac, barras de ouro apreendidas em sua residência são falsas.

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Questionado pela reportagem sobre qual tipo de relação mantinha com Nery, o advogado foi enfático: “absolutamente nenhuma”. Ainda segundo o alvo da operação, Ranato Nery era famoso. “Conhecia ele por nome. Nunca troquei um bom dia com ele”.
 
Gaylussac confirmou conhecer outros dois alvos da operação, os também advogados Antonio João de Carvalho e o Agnaldo Bezerra. “Meus amigos. Antonio é padrinho do meu filho e eu sou padrinho da filha dele. Além disso meu endereço profissional é o mesmo deles”.
 
Em contrapartida, o advogado negou conhecer Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, casal de Primavera do Leste que também foi alvo de mandados de busca e apreensão.
 
Conforme divulgado pela Polícia Civil, barras de ouro foram encontradas na residência de Gaylussac. Ele, porém, afirma que o material é falso. “Trata-se de varetas de solda, derretidas. Ou seja, ouro de tolo”.
 
Conforme o advogado, as barras falsas serviam para sua segurança. “Matinha em casa, pra uma eventualidade de aparecer ladrão aqui”.
 
Apesar de negar qualquer crime,  Gaylussac disse não considerar a operação abusiva. “Foram muito educados. Minha opinião é que a polícia esteja fazendo as últimas diligências antes de apresentar o desfecho da persecução criminal. E para terem vindo na minha casa, acho que eles não têm a menor ideia de quem tenha sido o autor desse crime bárbaro. Infelizmente”.

Operação

A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá deflagrou nesta quinta-feira a Operação Office Crime para cumprir cinco mandados de busca e apreensão como parte da investigação sobre o homicídio do advogado Renato Gomes Nery.

O crime

Renato Nery tinha 72 anos quando foi morto em 5 de julho deste ano. Ele chegava a seu escritório, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, uma das principais vias da capital, quando foi atingido por disparos.

Ele foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas não resistiu e foi a óbito horas após o procedimento médico.