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Quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

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SETE FACADAS

Laudos atestam psicose e juiz declara inimputabilidade de homem que matou a ex na frente das filhas

Foto: Reprodução

Laudos atestam psicose e juiz declara inimputabilidade de homem que matou a ex na frente das filhas
O juiz Alcindo Peres da Rosa, da Vara Única de Juscimeira, tornou Igor Henrique Bernardes Pires inimputável pelo assassinato da ex-namorada Alice Maria Ribeiro da Silva, de 32 anos. A empresária foi morta com pelo menos sete facadas no dia 3 de março de 2023, em Juscimeira (218 Km de Cuiabá), na frente dos seus três filhos.


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Em decisão proferida no último dia 19, o magistrado considerou laudos periciais que constataram que Igor é portador de perturbação da saúde mental codificada (transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias psicoativas – dependência) e CID-10 F19.5 (transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias psicoativas – psicose).

Laudos também atestaram que o Igor se apresentava, ao tempo da ação, totalmente capaz de entender o caráter ilícito de seus atos, porém incapaz de se autodeterminar de acordo com esse entendimento.

No mês de abril daquele ano, o Ministério Público ofertou denúncia contra Igor. Consta na denúncia ofertada que Alice teve uma filha com Igor. Ambos, porém, não tinham uma relação amigável. No dia do ocorrido, o acusado teria se irritado com uma chamada de vídeo realizada entre a filha e a avó paterna.

Igor foi até o imóvel para questionar o motivo pelo qual Alice deixou a menina conversar com a familiar. A vítima tentou acalmar o agressor, que começou a tentar distraí-la.

Em certo momento, Igor pediu um copo de água, mas ao notar que Alice estava alerta, ele decidiu perguntar se poderia ir ao banheiro na casa. Quando notou que a mulher havia se distraído, o acusado desferiu pelo menos sete facadas na ex-companheira.

Ela foi atingida no braço, antebraço, axila, no rosto e nas laterais do pescoço. No momento do crime, os três filhos de Alice e uma amiga dela estavam na casa.

A testemunha ouviu os gritos da vítima e conseguiu tirar as crianças do imóvel para que o acusado não as ferisse.

Igor foi preso pela Polícia Militar no dia do assassinato de Alice. Na ocasião, ele alegou aos agentes que a intenção da mulher era ficar com os bens de sua família, por meio de um "golpe da barriga" e que por este motivo teria cometido o crime. ​
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