Em alegações finais, o Ministério Público Eleitoral pediu que a Justiça determine a inelegibilidade de Carlos Luiz Pereira Neto e Rosandria Cardoso da Silva, pelo período de 8 anos, por suposta compra de votos durante a campanha vitoriosa de Maria Azenilda Pereira, reeleita prefeita de Barra do Bugres pelo Republicanos. Manifestação foi assinada pela promotora Kelly Cristina do Santos, nesta nesta terça-feira (5).
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A investigação foi proposta após a coligação “Renovação com Experiência”, liderada pelo ex-candidato a prefeito de Barra do Bugres, Luiz Sansão (Novo), que foi derrotado por Maria Azenilda. A coligação acusa Carlos de tentar pagar R$ 2 mil a uma servidora para votar em sua mãe.
O Atual Secretário de Finanças, coordenador e filho da candidata à Reeleição, Carlos Luiz Pereira Neto, vulgo kaka veterinário, é acusado de pagar dinheiro e fazer promessas de enviar ainda mais valores, bem como realizar benfeitorias na casa da eleitora que denunciou o caso.
A acusação central envolve alegações de abuso de poder político e econômico, atribuídas a Rosandria Cardoso da Silva e Carlos Luiz Pereira Neto, que teriam oferecido vantagens financeiras e promessas de ajuda a Luciana Viana da Silva em troca de apoio e voto na candidatura de Maria Azenilda Pereira à reeleição para o cargo de prefeita.
Promotora destacou o testemunho de Luciana, que narra abordagens contínuas por parte de Carlos e Rosandria. Ela afirma que Carlos ofereceu R$ 2.000,00 para que ela votasse em Maria Azenilda.
Em diversas ocasiões, Carlos teria se oferecido para atender suas demandas pessoais, como a construção de um muro em sua residência e ajuda em questões profissionais, evidenciando uma tentativa de captar seu apoio através de favores e benefícios financeiros. Luciana relatou que Rosandria também pressionou para que ela se manifestasse publicamente em favor dos candidatos, condicionando sua ajuda a essa manifestação.
Além disso, alegou que sofreu represálias no ambiente de trabalho após se negar a apoiar a candidatura, incluindo tratamento desigual no hospital onde trabalhava. Segundo o relato, durante o período eleitoral, foi tratada de forma diferenciada para favorecer os interesses dos candidatos, mas, passado o período, percebeu que não havia um real interesse em ajudá-la, mas sim em instrumentalizar seu apoio político.
A Promotoria de Justiça Eleitoral considera as provas testemunhais de Luciana suficientemente sólidas para configurar a prática de abuso de poder político e econômico por parte de Carlos e Rosandria.
O Ministério Público, então, pediu a inelegibilidade de Carlos Luiz Pereira Neto e Rosandria Cardoso da Silva por oito anos, como sanção pela tentativa de manipular o voto e apoio de Luciana por meio de promessas e vantagens pessoais.
No entanto, o Ministério Público conclui que não há provas suficientes para condenar Maria Azenilda, pos ela foi citada de forma marginal nos depoimentos, sem evidência de que tenha participado, consentido ou tido conhecimento das condutas ilícitas. Consequentemente, a manifestação requer a improcedência dos pedidos em relação a esses dois acusados.
Em resumo, a promotora Kelly Cristina Barreto do Santos se manifesta pela parcial procedência dos pedidos iniciais, sugerindo a inelegibilidade de Carlos e Rosandria por abuso de poder, mas defende a absolvição de Maria Azenilda e Arthur José por ausência de provas.