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Segunda-feira, 04 de novembro de 2024

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ROMBO DE R$ 400 MILHÕES

Justiça manda soltar ex-presidente e demais alvos envolvidos em suposto esquema na Unimed

31 Out 2024 - 07:34

Da Rdação - Gustavo Castro / Luis Vinícius

Foto: Montagem / Olhar Direto

Justiça manda soltar ex-presidente e demais alvos envolvidos em suposto esquema na Unimed
A Justiça determinou a soltura dos alvos da Operação Bilanz, deflagrada na manhã de quarta-feira (30) pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), combatendo suposto rombo de R$ 400 milhões nas contas da Unimed Cuiabá, durante a gestão 2019-2023. Estavam presos: o ex-presidente Rubens Carlos Oliveira, Eroaldo Oliveira, a médica Suzana Palma, Ana Paula Parizotto, Tatiana Bassan e a advogada Jaqueline Larreá. Esta última foi liberada ainda na noite de ontem, após decisão da juiza federal Rosimayre Gonçalves.


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A informação foi confirmada ao Olhar Direto pelo advogado Marlon Latorraca, que patrocina a defesa de Rubens e da médica Suzana Palma. Conforme apurado pela reportagem, os envolvidos foram liberados sem medidas cautelares.

"Não havia motivo para essa prisão preventiva. Não havia os requisitos para a prisão. Nem preventiva, nem temporária. E com base nisso, conseguimos a liberação deles sem nenhum tipo de restrição, sem nenhum tipo de medida cautelar, alternativa. Então, já estão todos em casa e a justiça foi feita", disse Latorraca.

A operação teve início após a própria Unimed Cuiabá apresentar uma notícia-crime ao MPF em julho de 2023.

A investigação identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no balanço patrimonial da entidade em 2022. Estão sendo apurados os crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Ainda na manhã de ontem, em entrevista à imprensa, o advogado classificou a detenção dos clientes como "extrema" e "exagerada". Para o jurista, não havia motivos para que o juiz federal Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá, pedisse a detenção de Rubens e Suzana, uma vez que os médicos têm buscado, por meio de perícia, esclarecer se houve de fato o suposto desfalque apontado pela Unimed.

Latorraca ainda se mostrou confiante em provar a inocência de seus clientes e reverter a decisão judicial em Brasília.

Todos os alvos foram levados para a sede da Polícia Federal, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, para prestarem depoimentos. Em seguida, eles passaram por audiência de custódia na 5ª Vara Criminal Federal de Cuiabá, presidida pelo próprio juiz Jeferson Schneider.

"Dr. Jeferson Schneider, ele concedeu o alvará de de soltura para todos os custodiados e não havia outro caminho a ser seguido. O Dr. Jeferson é conhecido como magistrado muito técnico e assim como todo magistrado que tem a justiça como seu pilar e nós provamos de que os nossos clientes não ameaçavam o andamento processual, não atrapalharam o andamento do processo, tem residência fixa", argumentou Latorraca.

"São réus primários e com bons antecedentes. Então, não havia outro caminho, a nosso ver, a não ser a liberdade deles. E agora o processo continua. Nós teremos oportunidade de apresentar a defesa e, assim, de provar a inocência deles", finalizou.
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