Juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão preventiva de Kauan Vitor Rocha da Costa, conhecido como madruga, suposto “gerente do tráfico de drogas” dentro da facção Comando Vermelho.
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Segundo os autos, Kauan determinava aos revendedores de entorpecentes que o pagamento fosse realizado através de chave pix registrada em nome de HL Construtora.
Relatório de Inteligência Financeira apontou que a empresa HL Construtora ltda recebeu, em aproximadamente dois meses, 1.116 transferências, totalizando o valor de R$ 368 mil.
Ainda segundo ação, Kauan é membro da facção e foi batizado na data de 6 de março de 2024, “sob Cadastro: 22.549 e padrinho: Cebolinha - Ceará - Buchada – CJ e padrinhos regionais: Bruxinha e 2K. De maneira que, na data de sua prisão, estava sob responsabilidade de distribuir drogas e recolher dinheiro oriundo do tráfico, ocupando assim o cargo de gerente sob a orientação do vulgo Buchana”.
Em sua decisão, magistrado avaliou que há uma série de indícios de materialidade e autoria apontando para o fato de que Kauan está pessoalmente ligado ao Comando Vermelho, ao tráfico de drogas e a um complexo esquema de lavagem de dinheiro, por meio do qual teriam sido movimentadas centenas de milhares de reais da organização criminosa em questão.
“Nessa linha, sabe-se que é pacífico na jurisprudência dos tribunais superiores o entendimento de que a prisão cautelar é medida que se justifica em casos como o em tela, uma vez que se presta a dificultar e/ou interromper as ações das organizações criminosas, especialmente das facções como o Comando Vermelho, as quais se voltam, sobretudo, ao monopólio do tráfico de drogas e se utilizam de toda sorte de crimes violentos – ameaças, torturas, homicídios, extorsões – para a consecução de seus objetivos espúrios”.
“Por estes motivos, indefiro o pedido e mantenho a prisão preventiva de Kauan Vitor Rocha da Costa”.