Eleito presidente do Tribunal de Justiça (TJMT) nesta quinta-feira (10), José Zuquim pregou apuração aprofundada sobre condutas dos desembargadores Sebastião de Moraes e João Ferreira Filho, afastados por suspeita de venda de sentença. Segundo o magistrado, é preciso evitar julgamentos precipitados.
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“Nós temos o olheiro, que é o CNJ. Esse é o nosso órgão sensor. Agora, que realmente isso prejudica a credibilidade da instituição, prejudica. Mas não vamos fazer julgamento precipitado. Vamos aguardar que o CNJ apure isso aí. Qualquer julgamento precipitado seria ilógico e incoerente da minha parte”.
Ainda segundo Zuquim, o CNJ trabalha com precisão. “Ele tem que trabalhar com fatos concretos. Nós não podemos levar em conta denúncias. Nós não podemos levar em conta falácias. Tudo tem que ser apurado. Para isso existe o devido processo legal, existe o direito ao contraditório e tudo isso está sendo investigado. Qualquer comentário antes de se apurar é muito prematuro”.
A Corregedoria Nacional de Justiça determinou no dia 1º de agosto o afastamento cautelar imediato das funções dos desembargadores do TJMT, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho.
Há indícios de que os magistrados mantinham amizade íntima com o falecido advogado Roberto Zampieri – o que os tornaria suspeitos para decidir processos patrocinados pelo referido causídico – e recebiam vantagens financeiras indevidas e presentes de elevado valor para julgarem recursos de acordo com os interesses de Zampieri.