Propondo uma gestão que não estimule divisões internas, o promotor de Justiça Carlos Eduardo da Silva oficializou sua candidatura à chefia do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, para o cargo de Procurador-Geral de Justiça (PGJ). Com o lançamento, as eleições de dezembro agora terão três vias: o ex-PGJ José Antônio Borges, Rodrigo Fonseca (apoiado pelo atual PGJ, Deosdete Cruz Júnior) e Carlos Eduardo.
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Com mais de 27 anos dedicados a instituição, Carlos publicou uma nota oficial carimbando sua candidatura, apontando que está pessoal e profissionalmente pronto para a missão.
Para ele, o desafio será promover a renovação e modernização que, nas suas palavras, a instituição “tanto necessita”. Dentre suas principais propostas iniciais, destaca-se uma candidatura que não estimule divisões internas e que seja capaz de atuar com firmeza e compromisso para fortalecer o MP.
Garantiu que sua gestão, caso eleito, será pautada pela confiança, equilíbrio e transparência, num ambiente que respeitará e ouvirá todas as vozes participantes.
“Todos juntos em torno do mesmo propósito: a defesa incessante dos interesses da sociedade, a valorização obstinada da carreira e o aprimoramento contínuo e incansável dos serviços prestados pelo MPMT. Estejam certos, aqui vocês podem contar com um parceiro para todas as horas. Tenho orgulho de pertencer a uma Instituição com este histórico de serviços prestados ao povo mato-grossense e com um futuro promissor, impulsionado pelo valor e dedicação de todos nós. Isso é apenas o início da nossa nova caminhada”, escreveu Carlos Eduardo.
Seu lançamento ocorre após um “racha” nas eleições que ocorrerão em dezembro. Isso porque, nesta semana, o ex-PGJ José Antônio Borges, divulgou nota apontando interesse em concorrer novamente ao cargo. Borges confirmou o interesse ao Olhar Jurídico, mas explicou que não falará publicamente sobre o tema.
“Informo que, nesta data, estou colocando meu nome à apreciação dos demais colegas do Ministério Público do Estado de Mato Grosso para concorrer ao cargo de Procurador-Geral de Justiça, na eleição interna que será realizada em dezembro deste ano”, traz trecho da nota.
Antes de deixar o cargo, Borges apoiou a candidatura do atual procurador-geral, Deosdete Cruz Junior. Porém, a aliança foi rompida após Deosdete comunicar que não buscará reeleição.
O atual PGJ, Deosdete Cruz Junior, já declarou apoio a Rodrigo Fonseca, terceiro nome na disputa.
Com a oficialização dos três, os membros da instituição votarão em algum deles e, posteriormente, os nomes serão remetidos ao Conselho Superior do Ministério Público.
Depois disso, o Colégio de Procuradores se reúne para homologar o resultado e, após, o atual PGJ encaminhará a lista ao governador do Estado, Mauro Mendes, a quem caberá realizar a nomeação final.