Olhar Jurídico

Terça-feira, 15 de outubro de 2024

Notícias | Criminal

LAVAGEM DE DINHEIRO PRO CV

Desembargador determina afastamento de Paulo Henrique do cargo de vereador

Foto: Olhar Direto

Desembargador determina afastamento de Paulo Henrique do cargo de vereador
O desembargador Luiz Ferreira da Silva afastou Paulo Henrique de Figueiredo (MDB) do cargo de vereador por Cuiabá. Ex-líder do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), na Câmara Municipal, Paulo Henrique foi preso na última sexta-feira (20) no âmbito da Operação Publiccare, um desdobramento da Ragnatela, deflagrada contra esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho na capital.


Leia mais
Justiça revoga prisão do vereador Paulo Henrique, suspeito de envolvimento com o CV


O afastamento foi determinado pelo magistrado na mesma decisão que ele resolveu revogar a prisão de Paulo, proferida nesta quarta-feira (25).

Apesar de ter sido colocado em liberdade provisória, Paulo será monitorado por tornozeleira eletrônica e não poderá frequentar a Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil, bem como quaisquer órgãos da administração pública direta ou indireta do município de Cuiabá.

Ele deverá manter seu contato com a Justiça atualizado, comparecendo a todos os atos do processo, e foi proibido de manter quaisquer meios de comunicação com os demais investigados, inclusive com eventuais testemunhas.

Paulo Henrique de Figueiredo (MDB) foi preso na sexta-feira (20) durante a Pubblicare, um desdobramento da Operação Ragnatela, da Polícia Federal, que investiga ações do Comando Vermelho para lavagem de milhões de reais por meio de shows nacionais e eventos em casas noturnas.

Eles foram alvos da Operação Pubblicare, deflagrada nesta sexta-feira (20) pela Polícia Federal, sendo um desdobramento da Ragnatela, cujo objetivo é desbaratar esquema de lavagem de dinheiro em que agentes públicos, como Paulo, facilitavam a concessão de licenças para shows e eventos em casas noturnas, de propriedade de membros do Comando Vermelho, usadas para dar aparência de licitude aos milhões de reais provenientes de crimes.

Constatando que Paulo e os demais transacionavam valores expressivos e incompatíveis com as respectivas rendas, na casa dos milhões, os quais não detinham lastro de legalidade, o juiz, então, mandou sequestrar do vereador um Renaut Sandero, um Jeep Renegade e um imóvel situado na Chácara Três Morros Aguaçu, em Cuiabá.

As investigações constataram que Paulo, na condição de vereador e presidente do Sindicato dos Agentes de Fiscalização do Município de Cuiabá, apresentou movimentações financeiras entre junho de 2023 e junho de 2024 incompatíveis com sua renda declarada de R$ 36.360.00.

Nesse período, ele recebeu R$ 1.2 milhão em sua conta no Banco do Brasil, provenientes principalmente de PIX (R$ 408 mil), DOC/TED (R$ 227 mil), ordem bancária (R$ 211 mil), depósitos online TAA (R$ 168 mil) e proventos (R$ 165 mil).

Os remetentes de destaque foram o próprio Paulo Henrique de Figueiredo (R$ 224.357.86), José Márcio Ambrósio Vieira (R$ 50.483.09), José Maria Assunção (R$ 11.890.00), Luany Vieira Masson (R$ 8.459,33), Marcelo Ambrósio Vieira (R$ 7.497.00), Rodrigo de Souza Leal (R$ 6.000,00), Maria Edinalva Ambrósio Vieira(R$ 5.178,33), Marcia Maria Ambrósio Vieira Santos (R$ 2.982,00), Marilene Ambrósio Vieira (R$ 2.279.01) e Elzyo Jardel Xavier Pires (R$ 1.500,00).

Entre os principais destinatários das transações de Paulo Henrique destacam-se Josiane Patricia da Costa Figueiredo (R$ 36.000,00), Luany Vieira Masson (R$ 35.354.70), Luis Wagner Cerqueira da Silva (R$ 31.500,00), José Maria Assunção (R$ 17.900.00), Willian Aparecido da Costa Pereira, o ‘Willian Gordão’(R$ 13.850.00), que está preso desde a primeira fase da operação, e Sueley Aparecida da Silva Souza Fontes (R$ 5.500,00).
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet