Camila Nunes Guimarães Kuhn, empresária que foi alvo da Operação Miasma, da Polícia Federal (PF), voltou a se manifestar pela devolução de oito bolsas de grife apreendidas. Documento reafirmando pedido é do dia 23 de setembro. Na peça, Camila diz que é herdeira, com capacidade financeira e explica que os objetos foram comprados com dinheiro limpo.
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PF avalia em R$ 79 mil bolsas de luxo apreendidas em operação com familiares de Márcia Pinheiro
Camila é casada com Ernani Kuhn, sobrinho de Márcia Pinheiro, primeira-dama de Cuiabá. A Polícia Federal (PF) avaliou em R$ 79,5 mil as oito bolsas de luxo apreendidas.
Ao indicar o valor, a PF argumentou que a avaliação foi “conservadora”, sobretudo, pelo fato de as bolsas serem usadas, o que traz dificuldades técnicas para a mensuração de seu real preço.
Passando ao interesse para a investigação, PF afirmou que a custódia de itens de elevado valor não possui qualquer finalidade probatória.
Na nova manifestação pela restituição, Camila argumenta que a própria autoridade policial menciona que, desde que foi realizada a perícia criminal, os itens não possuem qualquer finalidade probatória.
Ainda segundo manifestação, não existe qualquer indício de que as bolsas teriam sido adquiridas com dinheiro ilícito, ou mesmo que os bens sejam instrumentos do suposto delito. “Como exposto no pedido inicial, a requerente possui uma fonte de renda significativa e estável, proveniente de herança, tendo plena capacidade de adquirir de forma lícita as bolsas que foram apreendidas”.
“Diante disso, considerando que os bens possuem origem lícita, não interessam para a elucidação dos fatos investigados, sequer existe ação no caso em questão, bem como ausente qualquer requisito para o perdimento, reitera-se como manifestado pela própria Autoridade Policial, i.é., pela restituição de todos os bens apreendidos”, requereu defesa.
A Operação investiga fraude em licitação para contratação de vans e ambulâncias pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Além de Ernani Rezende Kuhn e Camila Nunes Guimarães Kuhn, também constou como alvo Antônio Ernani Kuhn, irmão de Márcia. Conforme apurado pelo Olhar Direto, entre os bens apreendidos durante cumprimento de mandados estão celulares, computadores e relógios da marca Rolex, TAG Heuer e Hublot. Há ainda a descrição de itens identificados como joias: conjuntos de brincos, pulseiras, colares e anéis