A presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, expressou otimismo em relação à redução da taxa de abstenção nas eleições municipais de 6 de outubro, em comparação com o pleito de 2022, quando mais de 500 mil eleitores deixaram de votar no primeiro turno, representando 23% do total do eleitorado do estado. A expectativa foi anunciada nesta segunda-feira (23), durante a apresentação do planejamento de segurança para as Eleições Municipais de 2024.
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A magistrada ressaltou o trabalho que tem sido feito para engajar os eleitores, especialmente os mais jovens, e destacou que a justiça eleitoral está empenhada em criar condições para que mais cidadãos compareçam às urnas. "Talvez nós tenhamos condições de ter um eleitorado mais jovem, e nós conseguimos fazer esse trabalho junto às escolas para que esse eleitor jovem pudesse se inscrever. Provavelmente, teremos também uma abstenção menor", comentou.
Outro ponto importante abordado pela desembargadora foi a portaria que proíbe a Polícia Rodoviária Estadual de restringir a circulação dos eleitores nos dias 6 e 27 de outubro, datas do primeiro e segundo turnos. A medida, que se alinha a um termo já assinado pela ministra Carmen Lúcia (Tribunal Superior Eleitoral) e o ministro Ricardo Lewandowski (Ministério de Justiça e Segurança Pública) em relação às rodovias federais, visa garantir o livre trânsito dos eleitores para o exercício do voto. "Justamente para garantir ao cidadão o direito constitucional de ir e vir para exercer o seu direito de voto com toda a liberdade. Quando preparamos alguma norma, com certeza houve algo que nos chamou a atenção, e acredito que foi essa situação que levou a ministra a tomar esse posicionamento", explicou a desembargadora.
Além disso, o TRE-MT contará com o apoio do programa Vigia Mais MT, que irá reforçar a segurança durante o processo eleitoral por meio do monitoramento de mais de sete mil câmeras instaladas em pontos estratégicos, incluindo o interior de escolas. A parceria permitirá à Justiça Eleitoral e aos partidos políticos maior visibilidade em tempo real das ocorrências nos locais de votação, facilitando a fiscalização de eventuais abusos. "Facilita para nós da justiça eleitoral a fiscalização, principalmente. A partir do momento que temos visibilidade daquilo que está acontecendo no local, a ação é imediata. Esse trabalho será muito importante para garantir a lisura do processo", destacou.
A magistrada enfatizou a importância de garantir que os eleitores possam exercer seu direito de voto com segurança e liberdade, reforçando o papel da Justiça Eleitoral em assegurar um processo democrático legítimo e transparente.