Liminar garantida em uma ação judicial movida por membros de chapa que disputa a direção da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar (ACS-PMBM/MT), soldados da PM Douglas da Silva Vieira e Alexander Zeleski, resultou na suspensão dos benefícios garantidos a sargentos, subtenentes e oficiais, como plano de saúde, seguro de vida e auxílio-funeral.
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Na prática, mais de 2.400 associados perdem acesso a benefícios, resultando em um prejuízo estimado em R$ 400 milhões de reais. Isso porque a perda do status de "Associado Efetivo" também compromete a capacidade da associação de atuar em nome dos militares e representa um revés significativo para as conquistas judiciais realizadas nos últimos anos.
Segundo a ACS, a liminar em questão, pautada em fragilidades, induziu o Judiciário ao erro ao determinar que apenas soldados e cabos sejam considerados "Associados Efetivos", enquanto sargentos, subtenentes e oficiais são reclassificados como "Associados Contribuintes". Essa mudança traz implicações severas para os direitos e benefícios anteriormente garantidos, tais como a assistência jurídica, seguros e auxílios e plano de saúde.
Outros processos, como o relacionado à devolução de descontos previdenciários sobre jornada extraordinária, também serão impactados negativamente, afetando a restituição de valores a aproximadamente 4 mil militares.
A decisão judicial também gerou uma resposta da Associação, que realizará mudanças imediatas em sua atuação. A partir da publicação, a associação não prestará mais atendimentos aos sargentos, subtenentes e oficiais, conforme exigido pela liminar. Estes militares agora permanecem como sócios contribuintes, sem direito aos serviços previamente oferecidos.
O Comando-Geral da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso foi solicitado a investigar a veracidade dos atos processuais e adotar providências para garantir a transparência e justiça no tratamento dos associados.
“A resolução dessa questão será crucial para garantir que todos os associados, independentemente de sua graduação, tenham acesso justo e equitativo aos direitos e benefícios estabelecidos. A Associação e seus associados esperam uma solução que permita a continuidade da defesa e representação de todos os membros, assegurando que a justiça e a equidade prevaleçam em meio a essas adversidades”, afirma direção da ACS, em nota.