Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) absolveu o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande (MT), Wanderley Cerqueira, após vários anos do trânsito em julgado da condenação. Decisão foi estabelecida em sessão do dia 19 de maio.

Leia também 
Estudante de odontologia que matou e quase decapitou ex-namorada é condenado a 27 anos de prisão
 
A maioria dos desembargadores da Turma de Câmaras Criminais Reunidas seguiu o entendimento do voto vencedor, proferido pelo desembargador Orlando Perri. Cerqueira foi condenado em primeira instância por falsidade ideológica por nomear como assessor parlamentar um vigilante. A condenação foi confirmada pelo TJMT em sede de apelação.
 
A defesa do ex-parlamentar, comandada pelo advogado Valber Melo, ajuizou revisão criminal sustentando haver provas novas da inocência do vereador, bem como que a decisão que o condenou era totalmente contrária às evidências dos autos.
 
Em seu voto, Orlando Perri inicialmente afirmou que não ignora o entendimento do STF, de relatoria do ministro Teori Zavascki, de que o objetivo da revisão criminal não é permitir "uma terceira instância" de julgamento.
 
Ao acolher os argumentos da defesa, o desembargador Orlando Perri explicou que "diante do contexto fático-probatório delineado na ação penal de origem, não identifico que haviam elementos aptos a demonstrar que o revisionando detinha prévio conhecimento (quando dos atos de nomeação e mudança de cargo) que Benedito Chagas fosse exercer a função de vigia da Câmara Municipal de Várzea Grande". Diante disso, ele voltou pela absolvição, no que foi seguido pela maioria do colegiado.