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Sábado, 20 de abril de 2024

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falsidade ideológica

'O MP pede a condenação pelos crimes que eu assumi desde o início', afirma Paccola em nota

Foto: Reprodução

'O MP pede a condenação pelos crimes que eu assumi desde o início', afirma Paccola em nota
Vereador em Cuiabá, o tenente-coronel Paccola emitiu nota afirmando que condenação requerida pelo Ministério Público (MPE), por falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema, foi confessada durante a instrução do processo. “O MP pede a condenação pelos crimes que eu assumi desde o início”, diz trecho do documento.

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“Sobre o fato em si, eu sempre assumi todos os meus atos como sempre fiz ao longo da minha vida. Já respondi diversos Inquéritos e Processos ao longo da carreira na Polícia Militar: acusado de diversos homicídios em atos de serviço, de integrar organização criminosa, de participação em grupos de extermínio, abuso de autoridade, e vários outros que a maioria dos Policiais Operacionais respondem corriqueiramente ao longo de suas carreiras por sustentar a última barreira entre o CAOS e a Sociedade", explicou o parlamentar.
 
As condenações são pretendidas em processo proveniente da Operação Coverage. O MPE ainda levantou a possibilidade de que seja decretada a exclusão do militar. No caso, inaugurado em 2019, também foram denunciados o 2º tenente Cleber de Souza Ferreira, o tenente Thiago Satiro Albino, o tenente-coronel Sada Ribeiro Ferreira e o 3º sargento Berison Costa e Silva.
 
“Assumi desde o início, mesmo antes da operação, eu já havia reportado a situação: A falsidade ideológica se trata da utilização da senha do Sargento que estava salva no meu computador; e a ‘inserção de dados falsos no sistema’ foi devido ao documento elaborado para tentar evitar que um Tenente fosse incriminado por algo eu que tinha certeza absoluta que ele não havia cometido”, explicou Paccola.

Consta na denúncia que os oficiais militares utilizaram-se de seus cargos e funções de relevância para fomentar esquema criminoso voltado à adulteração de registros de armas de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema informatizado da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio da Polícia Militar.

Uma das armas de fogo que teve o registro adulterado, adquirida por um dos denunciados, segundo o Ministério Público, teve como objetivo ocultar a autoria de sete crimes de homicídios, sendo quatro tentados e três consumados, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016, praticados pelo grupo de extermínio conhecido como “Mercenários”.
 
Conforme alegações finais do Ministério Público, Paccola e Cléber de Souza Ferreira devem ser condenados pela prática do delito de falsidade ideológica.  Ambos, previamente ajustados, incorreram na prática delituosa de inserção de declaração falsa em documento público utilizando-se do sistema informatizado conhecido como SIRGAF (Sistema de Registro e Gerenciamento de Armas de Fogo da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio).
 
Além de condenação por falsidade ideológica, o MPE defende que Paccola, Cleber de Souza Ferreira e Berison Costa e Silva seja condenado por inserção de dados falsos em sistema de informações.
 
Nas alegações finais, o MPE descartou possibilidade de condenação pelo crime de organização criminosa, obstrução de justiça e fraude processual.

Outro lado

Assessoria do vereador enviou a seguinte nota:

NOTA À IMPRENSA

Sobre as notícias que estão sendo vinculadas afirmando que MPE pede condenação do vereador por Cuiabá, T. Coronel Paccola por ‘falsidade ideológica e inserção de dados falsos’: “O pedido do representante do MPE referenciado foi a manifestação realizada ainda em 2021 no curso do processo e cumpre com excelência a missão do Promotor de Justiça em atuar como acusação no âmbito do processamento judicial."

“Sobre o fato em si, eu sempre assumi todos os meus atos como sempre fiz ao longo da minha vida. Já respondi diversos Inquéritos e Processos ao longo da carreira na Polícia Militar: acusado de diversos homicídios em atos de serviço, de integrar organização criminosa, de participação em grupos de extermínio, abuso de autoridade, e vários outros que a maioria dos Policiais Operacionais respondem corriqueiramente ao longo de suas carreiras por sustentar a última barreira entre o CAOS e a Sociedade".

Sobre o processo em que o membro do MPE formalizou o pedido de condenação, ficou cristalino durante o curso das investigações, que nunca existiu Organização Criminosa, ou vínculo com integrantes da Operação Mercenários. Assumi desde o início, mesmo antes da operação, eu já havia reportado a situação: A falsidade ideológica se trata da utilização da senha do Sargento que estava salva no meu computador; e a ‘inserção de dados falsos no sistema’ foi devido ao documento elaborado para tentar evitar que um Tenente fosse incriminado por algo eu que tinha certeza absoluta que ele não havia cometido, nem tampouco participado e que eu não poderia me furtar de tomar essas atitudes e vê-lo sendo condenado por algo que que ele nunca teve relação ou participação na ação, decidindo assim, assumir o risco a partir do momento que eu fiz o procedimento, como já disse e repito, assumi desde o começo à Corregedoria da PM e ao Ministério Público, que está fazendo a parte dele, que é o dever e a missão do MP, de promover a justiça. Reitero que o MP pede a condenação pelos crimes que eu assumi desde o início, não havendo prejuízo qualquer para os cofres públicos ou para a administração. Dentro daquilo que eu sempre pautei entendi naquele momento, ciente de que era ilegal, mas que na minha visão não era imoral, cabendo realizar o procedimento, e assumir o risco, para poder ficar com a minha consciência tranquila, convicto do que eu sempre mantive o que digo para os meus filhos, de que eu poderia a qualquer momento algum dia ser condenado e até ser preso, mas que jamais eles teriam vergonha do pai deles pelos atos cometidos e pelas decisões tomadas”.
 
Por fim, acredito que por hora a vinculação da notícia se dá em represália a denúncia encaminhada ao Ministério Público nesta segunda-feira, 03 de janeiro de 2022, relacionada aos contratos de publicidade da Prefeitura, contratos com ausência de publicidade dos ‘atos’ e com vários possíveis crimes que estejam ocorrendo nestas contratações, que envolvem centenas de milhares de reais e que de forma estratégica esse grupo atua para destruir a imagem de qualquer pessoa que se opõe a atual gestão. Como já foi divulgado na Operação Fake News, eles têm uma estrutura legal e ilegal para atuar contra quem contraria sua forma de governo, desta que já se tornou claramente a administração mais corrupta da história de Cuiabá.
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