Olhar Jurídico

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Criminal

​OPERAÇÃO RED MONEY

Juíza nega pedido de empresária pelo desbloqueio de contas que seriam usadas em benefício de facção criminosa

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Juíza nega pedido de empresária pelo desbloqueio de contas que seriam usadas em benefício de facção criminosa
A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de desbloqueio de contas bancárias da empresária Maria Luciene Tenorio Skaisawa, por considerar os indícios de que eram ulilizadas em benefício da organização criminosa Comando Vermelho. O bloqueio é uma das medidas oriundas da Operação Red Money, que apurou grande esquema de lavagem de dinheiro e movimentação financeira por parte da facção criminosa.
 
Leia mais:
Justiça não vê excesso de prazo e mantém prisão de um dos líderes do Comando Vermelho
 
No pedido, a defesa da empresária relatou que as contas foram bloqueadas “diante dos fortes indícios demonstrados de que eram utilizadas em benefício da Organização Criminosa, autodenominada Comando Vermelho”. No entanto, alega que Maria Luciene Tenorio Skaisawa é pessoa idônea, empresária, e não tem vínculo com a facção.
 
No entanto, a magistrada considerou que há indícios de que as contas, de fato, eram utilizadas em benefício do Comando Vermelho, e que o contrário não foi demonstrado pela defesa. Com base nisso, em consonância com o Ministério Público, a juíza indeferiu o pedido de desbloqueio.
 
“Havendo indícios de que as contas bancárias eram meio para a lavagem de dinheiro alegada, bem como para a movimentação de dinheiro em benefício de Organização Criminosa, sem a demonstração efetiva da sua utilização lícita, o indeferimento do pleito é medida que se impõe”, disse a magistrada.
 
Red Money
 
A investigação da operação “Red Money” apurou grande esquema de lavagem de dinheiro e movimentação financeira por parte de uma facção criminosa, com a utilização de empresas de fachadas, contas bancárias de terceiros, parentes de presos, entre outros.
 
A apuração foi desenvolvida ao longo de 15 meses e resultou, na ocasião, no cumprimento de 94 mandados de prisão, buscas e apreensão, bloqueio de 80 contas correntes, além do sequestro de bens (veículos, joias, imóveis) e valores, totalizando 233 ordens judiciais cumpridas naquela etapa.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet