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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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pedido no STJ

Conselheiro tenta adiar julgamento sobre recurso para travar ação até oferecimento de acordo

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Conselheiro tenta adiar julgamento sobre recurso para travar ação até oferecimento de acordo
Conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Waldir Teis pediu adiamento de sessão de julgamento designada para o dia 11 de novembro, na Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Na data, há previsão de julgamento de recurso contra decisão que descartou a possibilidade de acordo de não persecução penal. Pedido de adiamento data desta quinta-feira (4). Requerimento ainda será examinado pelo ministro relator, Raul Araújo.
 
A mesma decisão que negou acordo, proferida pelo Ministro Raul Araújo, autorizou retorno do conselheiro ao Tribunal de Contas. Além da retirada de cautelares, Teis requereu a suspensão de processo e enviou dos autos a colegiado do Ministério Público (MPF) para a devida apresentação de proposta. Envio ao colegiado seria necessário devido à negativa monocrática da subprocuradora-geral da República, Lindôra Araujo.

O acordo de não persecução penal é uma medida despenalizadora, apresentando-se ampliação da chamada justiça negociada no Processo Penal, acompanhado de institutos já previstos no ordenamento jurídico brasileiro, como a transação penal e a suspensão condicional do processo.

Após requerimento de Teis, o Ministério Público argumentou pela impossibilidade de proposta de acordo não persecução penal.  Na decisão agora recorrida, Raul Araujo salientou que a deliberação monocrática do MPF pelo indeferimento é imune a controle judicial.

Teis foi denunciado por embaraço no âmbito da Operação Ararath. A denúncia descreve a tentativa do conselheiro afastado do TCE de embaraçar a atividade da polícia judiciária que, em 17 de junho de 2020, cumpria mandados de busca e apreensão em um escritório em Cuiabá.

O denunciado, ao notar que os policiais se concentravam em uma segunda sala, recolheu uma série de talões de cheques com cifras milionárias e outras folhas assinadas mas sem preenchimento do valor, que estavam em sala ainda não analisada pelas autoridades. Mas acabou sendo flagrado, e o material, que havia sido jogado numa lixeira, foi recolhido.
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