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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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fraude com a Ampla

Nadaf confessa que recebeu R$ 3,9 milhões de propina em seu gabinete

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Nadaf confessa que recebeu R$ 3,9 milhões de propina em seu gabinete
Ex-secretário de Casa Civil de Mato Grosso, Pedro Nadaf afirmou durante colaboração premiada que recebeu pessoalmente, em seu gabinete, R$ 3,9 milhões proveniente de propina paga pela Ampla Construções e Empreendimentos em esquema estruturado na Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat). Os valores foram entregues pelo ex-presidente da Metamat, João Justino Paes de Barros, que também figura como colaborador.

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Dos R$ 3,9 milhões, segundo Nadaf, R$ 3,1 milhões foram entregues ao ex-governador Silval Barbosa. Cerca de R$ 200 mil acabou repassado ao ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Justino. O restante, R$ 600 mil, ficou com Nadaf.
 
Nadaf delatou ainda que usou R$ 500 mil do valor sob sua posse para pagar uma dívida de Silval Barbosa. O colaborador não soube especificar qual era a dívida do ex-governador.
 
Informação consta em ação proposta pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE) na segunda-feira (19). Processo foi oferecido em face de Nadaf e João Justino. O órgão aponta fraude de R$ 6,7 milhões.
 
São acionados ainda pelo MPE: Andre Luiz Marques de Souza (também delator); a empresa Ampla Construções e Empreendimentos; Claudio Henrique Teodoro de almeida e Valdiney Leão de Lima (os dois ligados à Ampla).

Ação tem como base inquérito visando apurar supostas irregularidades na aplicação dos recursos públicos provenientes da Metamat, cujo objeto, em 2014, foi contratação de empresa especializada em prestação de serviços para abertura de poços e trincheiras.
 
Inicialmente foi encaminhada pela 14ª Promotoria Criminal, Especializada na Defesa da Administração Pública e Ordem Tributária, a Portaria n° 039/2016/METAMAT, instaurada para apurar irregularidades na aplicação de recursos públicos referente ao Contrato n° 002/2014/METAMAT, cujo valor, somado ao termo aditivo, resultou no montante de R$ 6,7 milhões.

Segundo os autos, não estão presentes os documentos que evidenciassem o efetivo fornecimento do serviço. Apurou-se também que não foram especificadas nas notas fiscais as quantidades de horas/máquina utilizadas para a realização do serviço.
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