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Denúncia aponta Eraí e Nininho como financiadores de campanha e cita 'lavajatinho'

08 Jan 2021 - 09:05

Da Redação - Arthur Santos da Silva/ Max Aguiar

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Denúncia aponta Eraí e Nininho como financiadores de campanha e cita 'lavajatinho'
O Ministério Público Eleitoral recebeu denúncia de que o deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), e o empresário Eraí Maggi, conhecido como rei da soja, auxiliaram financeiramente na compra de apoio político durante a eleição de 2020. As informações foram repassadas ao órgão ministerial pelo candidato ao Senado derrotado, Nilson Leitão (PSDB). O alvo das acusações de Leitão é Carlos Fávaro (PSD), eleito no pleito suplementar.

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MP recebe acusação sobre compra de apoio de Juca do Guaraná em benefício de Fávaro

 
Segundo o MPF, Leitão se reuniu com os membros do órgão em 29 de outubro. Acompanhado de seu advogado, o tucano afirmou ainda que o “deputado Nininho é responsável por uma ‘lavajatinho’ no Estado de Mato Grosso, aproveitando-se de sua influência política para conseguir obras para as suas empreiteiras”.
 
O Olhar Jurídico divulgou na quinta-feira as informações sobre a suposta compra de apoio. Valor estimado em R$ 200 mil serviu para que o então candidato a vereador, Juca do Guaraná (MDB), direcionasse sua estrutura de campanha em benefício de Carlos Fávaro. Juca do Guaraná atualmente ocupa o posto de presidente da Câmara de Cuiabá.
 
O mesmo documento que cita Juca aponta que Nininho e Eraí supostamente também pagaram R$ 200 mil a Toninho de Souza, que concorreu a uma cadeira de vereador em Cuiabá. A compra de apoio, assim como no caso de Juca, beneficiaria Fávaro.
 
As informações sobre a acusação de compra de apoio constam em inquérito instaurado em face do senador Carlos Fávaro por suspeita de compra de votos em conluio com o deputado estadual Romoaldo Junior (MDB), suplente em exercício.

No caso sobre a compra de votos supostamente ocorrido no município de Alta Floresta, segundo o MP, não restaram identificados eleitores supostamente aliciados. O caso foi arquivado, conforme já noticiado pelo Olhar Jurídico.
 
A assessoria de imprensa do senador Carlos Fávaro afirmou ao Olhar Jurídico que não tem conhecimento sobre os supostos fatos descritos por Leitão e até o momento o Senador não foi notificado pelo Ministério Público.

​A reportagem não conseguiu contato com Eraí Maggi. Juca do Guaraná nega as acusações e afirma que as palavras de Leitão têm a força de uma bola de sabão. 

Bastidores 

Segundo denunciado, Nininho usaria a força política para angariar obras para sua empresa de construção.  

Conforme apurado, as obras estão nas regiões do Araguaia e no Sul de Mato Grosso. 

Nininho também teria feito, segundo informações de bastidores, uma indicação de emenda parlamentar para trazer asfalto até a porta de uma de suas fazendas, na cidade de Itiquira. 
 
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