Diário de Justiça publicado nesta terça-feira (17) apresentou requerimentos em 20 processos para que delação premiada do ex-deputado estadual José Riva seja juntada aos autos em 20 dias. Os casos guardam relação com a Operação Arca de Noé.

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Conforme publicação, o Ministério Público deixou evidente que pretende utilizar as informações que foram prestadas por Riva no acordo de colaboração premiada que firmou.

“É necessário, portanto, que os  demais requeridos  tenham  conhecimento  dessas  informações  e  eventuais  provas para  que  possam  exercer  o  contraditório  e  a  ampla  defesa”.
 
A Operação Arca de Noé foi deflagrada em 2002 pela Polícia Federal e desmantelou sistema financeiro à margem do oficial liderado pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
 
O então criminoso contava com o auxílio de políticos como os ex-deputados José Riva e Humberto Bosaipo. O objetivo era desviar dinheiro público por meio de empresas fantasmas e depois lavara quantias nas factorings de Arcanjo.
 
O desembargador Marcos Machado, membro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), foi quem homologou em fevereiro a delação premiada firmada pelo ex-deputado estadual José Riva.

Conforme apurado pelo Olhar Juridico, a colaboração apresenta lista com 38 nomes de ex-deputados e deputados que supostamente receberam mensalinho na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Os fatos tiveram início em 1995 e alcançaram montante aproximado de R$ 175 milhões. 

Riva também disse ao Ministério Público (MPE) que desde 1995 os deputados estaduais gastaram aproximadamente R$ 40 milhões durante negociações para as eleições da Mesa Diretora.