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Sábado, 20 de abril de 2024

Notícias | Criminal

​CASO ALPHAVILLE

"Se a versão dela é incompatível com a prova pericial, então só resta o dolo", diz promotor sobre morte de Isabele

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

O promotor Marcos Regenold Fernandes, que tem acompanhado de perto a investigação da Polícia Civil sobre a morte de Isabele Guimarães Ramos no Condomínio Alphaville, em Cuiabá, afirmou que, do que foi apurado até o momento pela perícia, os indícios apontam que o crime foi doloso. A adolescente autora do disparo que matou Isabele negou que o crime teria sido culposo e sustenta a tese de que o tiro foi acidental. A perícia, no entanto, não confirma esta hipótese.

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Após a conclusão do inquérito o promotor Marcos Regenold, juntamente com o promotor Rogério Bravin de Souza, devem atuar nos processos referentes aos crimes verificados no caso da morte de Isabele.

O laudo da perícia, com a conclusão sobre a reconstituição, deve ficar pronto na próxima semana. Em seguida a Polícia Civil deve relatar o inquérito e encaminhar ao Ministério Público. Segundo o promotor Marcos Regenold, do que foi apurado até agora, as provas não indicam que o disparo teria sido acidental.

"É materialmente impossível [a versão de tiro acidental]. Ficou muito claro na reconstituição que não existia possibilidade física do tiro ter sido disparado daquela forma que ela narrou, isso está muito claro, seja pelo primeiro laudo, seja pelo que notei na reconstituição", disse.

O membro do MP citou que a adolescente autora do disparo negou a hipótese de crime culposo (quando não há intenção de matar), sendo insistente na tese de disparo acidental, mas como esta tese vai contra o que aponta a perícia, a hipótese restante é de crime doloso.

"Não é uma conclusão definitiva. Pelo menos até agora tudo está levando a crer que se a versão dela é incompatível com a prova pericial, então só resta o dolo. Porque a versão culposa, de que teria sido brincadeira, que ela quis dar um susto da vítima, ela nega, então se ela nega isso obviamente só resta o dolo".
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