O empresário Marcelo Cestari, pai da adolescente autora do disparo que matou Isabele Guimarães Ramos no Condomínio Alphaville, em Cuiabá, ja quitou as duas parcelas da fiança de R$ 52 mil, aumentada pela Justiça. Ele foi preso no dia do fato por posse ilegal de arma, mas foi solto após pagar R$ 1 mil de fiança. A família de Isabele e o Ministério Público então pediram aumento do valor.

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No último dia 3 de agosto o juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, aumentou para R$ 52,2 mil o valor da fiança que deveria ser paga por Marcelo Cestari. O magistrado também autorizou o parcelamento da fiança arbitrada, estabelecendo o prazo de vencimento da primeira parcela para 10 de agosto e o da segunda parcela para 17 de agosto. 

O parcelamento entende alegações de crise. O empresário argumentou  que seu negócio está passando por severa dificuldade de liquidez financeira em período de pandemia, alcançando prejuízo de R$ 636 mil em 2020.

De acordo com a defesa de Marcelo, patrocinada pelo advogado Ulisses Rabaneda, as duas parcelas já foram quitadas. O Ministério Público já recorreu contra a decisão que estipulou fiança de R$ 52 mil, pedindo aumento do valor para 100 salários mínimos (mais de R$ 100 mil), porém ainda não houve decisão.

Impasse na fiança
 
Marcelo foi liberado, no dia do fato, após pagar fiança de R$ 1 mil, estabelecida pelo delegado que estava de plantão em 12 de julho. O juiz aumentou a fiança para R$ 200 mil e a defesa do empresário recorreu. 

O desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça, revogou a decisão de João Bosco Soares da Silva, acatando o argumento de que o empresário passa por uma crise financeira.