Os R$ 92 milhões entregues pelo ex-deputado José Geraldo Riva em delação premiada servirão para a construção de quatro raios em quatro presídios de Mato Grosso, cada um com 432 novas vagas, totalizando 1728, mais a criação de 50 vagas de segurança máxima na Penitenciária Central do Estado (PCE).

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A informação apurada pelo Olhar Jurídico aponta que as penitenciárias que receberam novos raios são PCE, Mata Grande, Ferrugem e o presídio de Água Boa. O Plano de Trabalho ainda será formalizado por documento a ser assinado pelo Ministério Público, Poder Judiciário e Poder Executivo.
 
Em 2020 é aguardada a inauguração do Centro de Detenção Provisória de Jovens e Adultos de Várzea Grande, com 1,008 vagas. Também está em andamento a finalização do Centro de Detenção Provisória em Peixoto de Azevedo, com 256 vagas. Somadas, as mais de 3 mil vagas significam uma melhora no Sistema Penitenciário, mas ainda não soluciona o problema. Seriam necessárias 6 mil vagas.
 
Riva já efetuou o pagamento da primeira parcela combinada em sua delação premiada, no valor de R$ 15 milhões. Dois depósitos foram realizados no dia 28 de fevereiro. 
 
Conforme apurado pelo Olhar Jurídico, o primeiro depósito ocorreu no valor de R$ 14,1 milhões. O segundo, ainda no dia 28 de fevereiro, ocorreu no montante de R$ 900 mil. Valores serão destinados ao Fundo do Sistema Penitenciário de Mato Grosso.
 
O ex-deputado Riva observou sua delação premiada ser homologada no dia 20 de fevereiro. O ex-deputado se comprometeu a indenizar a sociedade em R$ 92 milhões. Riva também deve cumprir prisão domiciliar. 
 
A colaboração premiada apresenta lista com 38 nomes de ex-deputados e deputados que supostamente receberam mensalinho na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Os fatos tiveram início em 1995 e alcançaram montante aproximado de R$ 175 milhões. 

Riva também disse ao Ministério Público (MPE) que desde 1995 os deputados estaduais gastaram aproximadamente R$ 40 milhões durante negociações para as eleições da Mesa Diretora.