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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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MPE investiga major acusado de acumular cargos e salários em MT e na Casa Civil do DF

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

MPE investiga major acusado de acumular cargos e salários em MT e na Casa Civil do DF
O Ministério Público (MPE) instaurou inquérito para investigar o major da Polícia Militar Thiago Vinícius Pinheiro da Silva, acusado de acumular cargos em Mato Grosso e no Distrito Federal, recebendo dois salários e exercendo atividades ilegais. Além da recente investigação, o PM foi acusado publicamente em 2019 por estupro e agressão contra uma mulher.

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Conforme informações preliminares, Thiago Vinícius foi cedido pelo secretário de Estado de Planejamento e Gestão do Estado de Mato Grosso (Seplag) para exercer função de natureza militar, nomeado ao cargo de Secretário da Subsecretária de Administração Geral, lotado no Gabinete da Casa Civil do Distrito Federal.
 
Ocorre que, mesmo com a função de natureza militar, segundo denunciado ao MPE, o mesmo vem exercendo a função de ordenador de despesas, cargo civil. A cessão do referido servidor deveria ter sido realizada com ônus ao Distrito Federal.
 
Porém, em consulta ao portal transparência de Mato Grosso foi verificado que o major recebeu o valor bruto de 23,8 mil, provimentos referentes aos meses de janeiro a dezembro do ano de 2019.
 
Em consulta ao portal de transparência do Distrito Federal, consta que o Thiago Vinícius vem recebendo desde o mês de abril de 2019 o valor bruto de R$ 10 mil e que também recebe um adicional de origem pensionista no valor de R$ 2,7 mil, de origem da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal.
 
O exame preliminar aponta que Thiago Vinícius esteve recebendo cumulado salários referentes ao ano de 2019 entre o órgão cedente e cessionário. Há ainda um agravante: “é questionável que o atual salário recebido pelo Distrito Federal é desproporcional em relação aos valores pagos ao cargo de origem, como Major da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso”.
 
“Em face do exposto, diante de fortes indícios de dano ao erário estadual, resolvo, nos termos da Resolução nº 052/2018-CSMP, instaurar inquérito civil público visando a completa apuração do fato que, em tese, caracteriza improbidade administrativa”, finalizou o promotor Arnaldo Justino da Silva, no dia 14 de fevereiro.
 
Estupro e agressão

 
Em novembro de 2019, Thiago foi acusado pela ex-namorada de estupro e agressão. Conforme o site Metrópoles, que noticiou o caso, a vítima tinha 30 anos, era servidora pública e procurou a Polícia Civil para formalizar a denúncia.
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