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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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MPE arquiva investigação sobre suposto empréstimo fraudulento no Bic Banco

Foto: Rodnei Crescêncio

MPE arquiva investigação sobre suposto empréstimo fraudulento no Bic Banco
O Conselho Superior do Ministério Público de Mato Grosso (MPE) arquivou investigação movida contra a Gráfica e Editora Centro Oeste Ltda, propriedade do empresário João Dorileo Leal, diretor do Grupo Gazeta de Comunicação. Existia suspeita de participação em esquema ilegal para empréstimos e lavagem de dinheiro no Bic Banco.
 
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Segundo informações preliminares, a gráfica supostamente prestou serviços ao Poder Executivo, durante a gestão do ex-governador Blairo Maggi. Sem receber, o empresário foi orientado pelo ex-secretário de Estado, Eder Moraes, a contrair um empréstimo no Bic Banco durante o ano de 2007. Os valores seriam posteriormente quitados pelo governo de Mato Grosso.
 
Ocorre que, segundo investigação, o valor de R$ 300 mil foi pago pela empresa Lince Construções, propriedade de José Geraldo de Saboia Campos. A série de transações poderia configurar fraude bancária e lavagem de dinheiro. O ex-superintendente do Bic Banco e atual delator premiado, Luiz Carlos Cuzziol, teria atuado no negócio.
 
Em depoimento, Dorileo Leal confirmou o empréstimo e disse não saber sobre posterior pagamento realizado pela Lince. "O declarante esclarece que todos os valores que recebeu do Estado e usou para quitar os empréstimos no Bic Banco eram referentes a serviços efetivamente prestados", afirma trecho do depoimento.
 
Em depoimento, José Geraldo de Saboia Campos, proprietário da Lince, confirmou a transferência de R$ 300 mil à empresa Gráfica e Editora Centro Oeste, a mando do ex-Secretário de Fazenda Éder Moraes.
 
Em momento inicial, o MPE, por meio do promotor Henrique Schneider Neto, promoveu o arquivamento da investigação. Segundo ele, a Gráfica e Editora Centro Oeste não havia colaborado para a movimentação dos valores via Lince Construções.
 
Todavia, antes mesmo da distribuição do inquérito civil com a promoção de arquivamento ao Conselho Superior, o membro ministerial proferiu despacho para tornar sem efeito o arquivamento, posto que obteve acesso ao conteúdo da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa. Um dos assuntos abordados é o das propinas pagas às empresas do Grupo Gazeta.
 
Ao reexaminar os fatos, agora com a delação de Silval como acessório, o MPE novamente decidiu pelo arquivamento. Segundo informado, a narrativa criada por Silval dize respeito a fatos ocorridos em 2014, mais de cinco anos depois do empréstimo.
 
Os novos argumentos sobre a falta de temporalidade foram acatados pelo Conselho Superior do Ministério Público, que arquivou o inquérito.
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