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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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fratura e evisceração

Sargento da PM é denunciado por arrancar olho de vítima em disparo com projétil de borracha

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Sargento da PM é denunciado por arrancar olho de vítima em disparo com projétil de borracha
O atendimento de uma ocorrência sobre suposta perturbação do sossego alheio, em Alto Paraguai (200 km de Cuiabá), resultou em fratura e evisceração (arrancamento) do olho esquerdo de um dos acusados que tornou-se vítima da ação de um sargento da Polícia Militar. O fato, que aconteceu no dia 18 de novembro do ano passado, consta em denúncia criminal oferecida nesta terça-feira (13) pelo Ministério Público de Mato Grosso.

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Acusado de ser o autor dos disparos efetuados contra a vítima Allisson Santiago de Arruda Leite, com a utilização de uma espingarda calibre 12 carregada com munições de elastômero (borracha), o 3º Sargento da Polícia Militar Roosevelt Ferreira da Silva responderá pelo crime previsto no artigo 209 do Código Penal Militar (Ofensa à integridade corporal de natureza grave que resultou em debilidade permanente de sentido e deformidade duradoura).

Consta na denúncia que no momento em que os disparos foram efetuados, Bruno Ricardo de Souza, amigo da vítima, tentou socorrê-la e acabou sendo atingido por outro disparo efetuado pelo 3º Sargento, que também provocou lesão em seu braço esquerdo. Em relação a esse fato, o denunciado responderá pelo crime de lesão corporal de natureza leve.

“Conforme as circunstâncias observadas, é indubitável que o denunciado agiu de forma intencional e absolutamente desproporcional tanto com seu ataque à vítima Allisson, assim como, de modo plenamente injustificável, com relação ao ofendido Bruno Ricardo de Souza, que sequer esboçara algum ato de injusta e iminente agressão em desfavor da guarnição”, relatou o promotor de Justiça Allan Sidney do Ó Souza, em trecho da denúncia.

De acordo com as investigações, as vítimas estavam em uma conveniência e o PM suspeitou que Allisson Santiago de Arruda Leite era o proprietário do veículo que estava com o som alto. Ao exigir a documentação, iniciou-se uma discussão que resultou na tragédia descrita na denúncia.

(Com informações da assessoria)
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