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Rêmora

Justiça adia interrogatório de delator sobre esquema fraudulento em licitações na Seduc

01 Ago 2019 - 09:40

Da Reportagem Local - Vinicius Mendes/ Da Redação - Arthur Santos da Silva

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Justiça adia interrogatório de delator sobre esquema fraudulento em licitações na Seduc
A juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, remarcou para o dia 9 de agosto a oitiva do delator premiado Luiz Fernando da Costa Rondon, prevista para esta quinta-feira (1º) no processo proveniente da Operação Rêmora, por fraudes na Secretaria de Educação de Mato Grosso (Seduc).

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Adiamento foi determinado em consequência de falhas nas intimações. Costa Rondon não compareceu ao ato processual e sua defesa justificou que ele não foi intimado oficialmente.

A magistrada sugeriu que a ordem das oitivas fosse invertida, para qua as testemunhas de defesa fossem ouvidas antes do delator, mas os advogados e o Ministério Público foram contra. 

A juíza ainda sugeriu ao Ministério Público que, quando firmado acordo de colaboração premiada, que seja imposta a condição de que o delator compareça sempre que for requisitado pela Justiça, para prestar qualquer tipo de esclarecimento. A defesa de Luiz Fernando se comprometeu a levâ-lo às próximas audiências, independente de intimação.

"Este processo se arrasta há  muitos anos, o sistema de Justica é o todo, então nós precisamos que seja colaborado de forma plena, irei designar nova audiência e que a senhora se comprometa em trazê-lo na próxima", disse a juíza à advogada de Luiz Fernando.

O caso

Ministério Público de Mato Grosso (MPE) ofereceu denúncia em desfavor de Alan Malouf, Permínio Pinto Filho, Fábio Frigeri, Wander Luiz dos Reis e Giovani Belatto Guizardi. Os depoimentos dos réus estão previstos para ocorrer no dia 19 de agosto.

A Operação Rêmora investigou esquema de fraudes em obras de reforma e construção de escolas que inicialmente estavam orçadas em R$ 56 milhões. Diversas empresas compunham, segundo o Ministério Público, cartel capaz de gerar favorecimentos e desvio de dinheiro público.
 
Ricardo Augusto Sguarezi, delator e dono da Construtora Aroeira, já foi ouvido pelo juízo. Entre as informações prestadas está a acusação de que cobrança de propina era realizada de forma “ríspida” e “contundente”. Sguarezi também afirmou que  foram necessários apenas três meses de governo Pedro Taques (PSDB) para início de cobrança de propina sobre obras na Secretaria de Educação.
 
O também empresário e delator premiado na Operação Rêmora, Giovani Belatto Guizardi,  acusou que o ex-deputado estadual Guilherme Maluf recebeu dinheiro de propina no banheiro do Buffet Leila Malouf.
 
Giovani Belatto também afirmou que o ex-secretário de Educação de Mato Grosso, Permínio Pinto, recebeu propina paga em espécie em vários locais diferentes.


Atualizada às 11h37.
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