As defesas de Wallysson Magno de Almeida e Guilherme Dias de Miranda, denunciados pelo homicídio do personal trainer Danilo Campos em novembro de 2017, entraram com um recurso especial contra o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pedindo a anulação da pronúncia. O MP pede que os dois sejam julgados no Tribunal do Júri.
 
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O pedido de Guilherme foi feito no dia 26 de junho, enquanto o de Wallysson foi feito no dia 28 do mesmo mês. O recurso de Wallysson foi encaminhado à Vice-presidência e, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a decisão deve sair ainda esta semana.
 
Ainda segundo a assessoria do TJ, o recurso busca a anulação da pronúncia do MP, que pediu que os réus sejam julgados pelo Tribunal do Júri. No último mês de fevereiro o juiz Flávio Miraglia Fernandes, da Décima Segunda Vara Criminal de Cuiabá, recursos de Guilherme e Wayson, para que fossem impronunciados, alegando falta de provas.
 
Em dezembro do ano passado o juiz Flávio Miráglia já havia determinado que os dois enfrentassem Júri Popular pelo crime. A defesa de Guilherme entrou com recurso buscando reformar a decisão do juiz, para que fosse impronunciado, alegando que os elementos contidos na decisão não foram suficientes para constatar a autoria.
 
A defesa de Walisson também recorreu da decisão, fazendo os mesmos pedidos, por entender que o juiz não se atentou adequadamente às provas produzidas, que, segundo a defesa, apontaria para a ausência dos indícios de participação.
 
O magistrado, no entanto, negou o recurso dos dois réus e manteve inalterada sua decisão anterior, para que eles sejam julgados pelo Tribunal do Júri.
 
Morte de personal
 
O crime correu em uma distribuidora no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, por volta das 21h20 do dia 8 de novembro de 2017. Populares disseram aos militares que viram dois homens em uma motocicleta alta se aproximarem e o garupa efetuar os disparos contra o personal trainer Danilo Campos.
 
A polícia apurou que Guilherme Dias de Miranda seria o mandante do assassinato. Ele usava documentos falsos para se esconder, junto com Walisson. A ex-esposa de Guilherme chegou a ser presa, mas foi solta por colaborar com a polícia. na cidade de Foz do Iguaçu (PR) e, em Cuiabá, colaborou no interrogatório e esclareceu o que ainda restava do crime, sendo solta em seguida. A pivô do caso afirmou que era ameaçada pelo ex-companheiro, Guilherme.
 
No dia 9 de março de 2018, cerca de quatro meses após o crime, Guilherme e Walisson foram presos em uma ação conjunta da Polícia Civil de Mato Grosso com a de São Paulo. Os dois estavam com passagens compradas para fugir do Brasil.