O promotor de Justiça Allan Sidney do Ó deu parecer favorável ao pedido da vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Janaina Riva (MDB), para que ela fosse habilitada como assistente da acusação no processo conhecido como Grampolândia Pantaneira. O nome da deputada surgiu durante o depoimento dos militares envolvidos no esquema. Janaina teria sido interceptada indevidamente a pedido de promotores do Gaeco.
 
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A juntada da petição de Janaina Riva, requerendo sua habilitação como assistente de acusação no processo da Grampolândia Pantaneira, foi feita no último dia 24 de julho. Na última sexta-feira (26) o pedido foi encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e o promotor Allan do Ó se manifestou pelo deferimento.
 
Segundo divulgado pela assessoria da parlamentar, o requerimento foi feito com base no artigo 268 do Código de Processo Penal (CPP). O trecho prevê que em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal.
 
Janaina revelou que já havia feito o pedido anteriormente, quando a ação dos grampos estava no Superior Tribunal de Justiça (STJ), porém, na ocasião o pedido foi negado. O nome da deputada surgiu mais uma vez nas audiências dos últimos dias 16 e 17 de julho, como uma das vítimas interceptadas indevidamente.
 
O cabo Gerson afirmou em interrogatório que os promotores de Justiça Marco Aurélio e Samuel Frungilo ordenaram interceptações ilegais contra a atual deputada estadual Janaina Riva, filha de Jose Riva, durante a Operação Metástase.
 
A expectativa dos promotores, segundo Gerson, era obter informações sobre crimes inicialmente cometidos por Jose Riva. Os membros do MPE achavam que Janaina Riva daria continuidade aos atos já que funcionários de seu pai foram mantidos em seu gabinete.
 
Veja na íntegra os depoimentos dos coronéis Evandro Lesco e Zaqueu Barbosa e do cabo Gerson Correa.