O juiz Anderson Candiotto, da 1ª Vara Criminal de Sorriso, determinou que a Corregedoria da Polícia Judiciária Civil (PJC) seja oficiada para que faça as averiguações sobre a suposta prática de maus tratos cometidos contra Jonathan Nicolas Duarte. O homem foi preso no último dia 18 de julho após matar e estuprar uma menina de 8 anos, vizinha dele, em Sorriso (a 397 km de Cuiabá).
 
Leia mais:
Juiz não vê insanidade mental e mantém preso homem que matou e estuprou menina de 8 anos
 
Jonathan passou por audiência de custódia no último dia 19 de julho no Fórum da Comarca de Sorriso. Ele confessou o crime à polícia e contou detalhes do que fez. O juiz afirmou que o delito foi cometido com requintes de crueldade e frieza.
 
“Denota-se da infração penal que fora cercada de circunstâncias que revelam frieza e crueldade, na exata medida em que a ação delituosa foi praticada em face de uma criança de apenas 8 anos de idade, que encontrava-se dormindo em sua residência, momento em que o indiciado entrou na residência, pegou um lençol cobriu o rosto da vítima e asfixiou, com a finalidade de desmaia-la para praticar o ato sexual. De modo que, no momento em que a vítima acordou e começou a se debater e gritar, o indiciado asfixiou até a morte, e após, a estuprou”, relatou o juiz. 
 
O magistrado também afirmou que já houve registro de boletim de ocorrência contra Jonathan por suspeita de prática de ato libidinoso contra uma outra vítima menor de idade, “o que evidência que solto poderá voltar a delinquir, e até mesmo cometer crime da mesma natureza”, disse o magistrado.
 
Na audiência de custódia foi alegado que Jonathan teria sofrido maus tratos por parte dos policiais. O juiz manteve a prisão do suspeito e determinou que a Corregedoria da PJC fossse oficiada, “para fins de averiguação da pratica de maus tratos no momento da prisão do indiciado, encaminhando-se cópia integral dos presentes autos ao Ministério Publico”.

A assessoria da Polícia Judiciária Civil confirmou que no dia da prisão Jonathan  foi submetido a dois exames de corpo de delito. No entanto, afirmou que, até esta sexta-feira (26), a determinação da 1ª Vara Criminal de Sorriso ainda não havia chegado à Corregedoria da PJC.