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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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demora sem fundamento

Hospital de Cuiabá é condenado em R$ 70 mil por morte de criança após erro médico

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Hospital de Cuiabá é condenado em R$ 70 mil por morte de criança após erro médico
O juiz Yale Sabo Mendes, da Sétima Vara Cível de Cuiabá, condenou o Hospital Geral  Universitário (HGU) ao pagamento de R$ 70 mil como forma de indenização aos pais de uma criança que morreu após erro médico. A decisão foi publicada no Diário de Justiça desta segunda-feira (24).
 
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Conforme os autos, a mãe realizou todo o pré-natal e no decorrer do acompanhamento passou por três ultrassonografias, atestando que o feto gozava de plena saúde e boa formação.
 
Com 40 semanas e três dias de gravidez, a gestante se dirigiu ao hospital. Porém, recebeu a informação de que ainda não estava apta para o parto. Menos de uma semana depois, retornou, recebendo informação semelhante de que “não estaria na hora”.
 
Na terceira tentativa, foi informada que havia “passado da hora” de fazer o parto, pois contava com 41 semanas e cinco dias.
 
Mesmo com o aviso, somente quando contava com mais de 42 semanas a gestante acabou levada ao centro cirúrgico. Trazida à luz, a criança precisou ser imediatamente encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Demora culminou no desenvolvimento do quadro de paralisia cerebral no recém nascido. Após meses internada, a criança morreu.
 
Em sua defesa, o hospital apresentou contestação requerendo a improcedência da ação, alegando que não houve erro médico ou falha na prestação dos serviços. 
 
Na decisão, Yale rejeitou argumento de defesa e se apoiou no laudo pericial. “O fato é que o erro médico ocorreu e as consequências foram gravíssimas, culminando posterior na morte da criança”, afirmou o magistrado. Segundo ele, restou demonstrada a ocorrência de negligência, imprudência e até imperícia.
 
O pagamento de R$ 70 por dano moral foi acatado. Pedido de pensão acabou rejeitado em consequência da morte de quem deveria receber os valores.

Outro lado

A reportagem procurou a assessoria de imprensa do hospital e aguarda resposta.
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