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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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​OPERAÇÃO MANTUS

Desembargador nega habeas corpus a genro de Arcanjo por considerar “prática de diversos crimes”

Foto: Wesley Santiago / Olhar Direto

Desembargador nega habeas corpus a genro de Arcanjo por considerar “prática de diversos crimes”
O desembargador Rui Ramos, da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), negou um pedido de habeas corpus interposto pela defesa de Giovanni Zem Rodrigues, acusado de, em parceria com João Arcanjo Ribeiro, liderar uma das organizações criminosas responsáveis pelo jogo do bicho no Estado. O magistrado considerou que Giovanni é conhecido pela prática de diversos crimes.
 
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A defesa entrou com o pedido argumentando que o Juízo de 1ª Instância manteve a prisão “sem qualquer fundamentação”. Afirmaram ainda que foram utilizadas como fundamento da prisão as declarações dadas Alberto Jorge Toniasso, que disse ter sido agredido e ameaçado pelo grupo de Giovanni.
 
Argumentando que “não subsistem os requisitos autorizadores da decretação da prisão preventiva” a defesa pediu a liberdade provisória de Giovanni, com ou sem imposição de medidas cautelares.
 
O desembargador Rui Ramos, no entanto, rebateu dizendo que “as segregações cautelares decretadas nestes autos decorrem do inquérito policial n. 74/2017/GCCO – Operação Mantus, ou seja, fatos diversos daqueles investigados no mencionado boletim de ocorrência”.
 
Ele ainda citou que o magistrado de 1ª Instância na audiência de custódia afirmou que não houve qualquer modificação fática que justificasse a revisão do decreto prisional. Além disso, teria afirmado que “... se faz necessária para evitar a reiteração delitiva, porquanto os representados ... Giovanni Zem Rodrigues... além de serem contumazes na prática delitiva das infrações penais de organização criminosa, lavagem de dinheiro e exploração de ‘jogo do bicho’, são conhecidos da Justiça criminal pela prática de diversos e variados outros crimes”.
 
Com base nisto, o desembargador Rui Ramos indeferiu o pedido de habeas corpus interposto pela defesa de Giovanni Zem, dizendo ainda que “a prisão preventiva se faz necessária pois, em tese, a organização criminosa apresenta espectro Estadual e estruturada, sendo utilizada para servir ao longo do tempo, decorrendo em empresários de infrações penais, demonstrando, a princípio, uma criminalidade distante da ordinária”.
 
A operação
 
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou na manhã do dia 29 de maio a Operação Mantus, com o escopo de prender duas organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e com a contravenção penal denominada jogo do bicho.
 
A operação visou dar cumprimento a 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos justamente pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
 
As investigações iniciaram em agosto de 2017, descortinando duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso. Ambas movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.
 
Uma das organizações seria liderada por João Arcanjo e seu genro, Giovanni Zem Rodrigues. A outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.
 
 
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