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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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MP RECORREU

Juiz mantém decisão e esposa de acusado de matar empresário da 'Crédito Podre' responde em liberdade

Foto: Reprodução

Juiz mantém decisão e esposa de acusado de matar empresário da 'Crédito Podre' responde em liberdade
Após o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) recorrer de decisão, o juiz Flávio Miraglia Fernandes negou o pedido e Dayane Pereira Pimenta, esposa de Adão Joasir Fontoura, suspeito de ter assassinado o empresário Wagner Florêncio Pimentel (investigado na Operação Crédito Podre), seguirá respondendo em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica.

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Conforme aponta a decisão divulgada na quarta-feira (5), é necessário que o réu represente perigo às testemunhas e ou a instrução processual. “Ademais, do pedido de prisão nada não se extrai ‘periculosidade’, bem como ao que consta, a mesma está sendo monitorada por tornozeleira eletrônica, não havendo qualquer alteração em relação ao status libertatis após a análise ventilada pelo Supremo Tribunal de Justiça”, explica o juiz.

Dayane é suspeita de estar envolvida no assassinado do empresário Wagner, morto em fevereiro deste ano no bairro Jardim das Américas, após deixar um shopping. Adão Joasir é apontado como o principal envolvido. De acordo com as investigações, ele é quem teria “pilotado uma motocicleta e efetuado os disparos”.

Adão também teria negociado a compra de armas de fogo por meio de aplicativo de mensagens e áudios da conversa demonstram que ele teria conhecimento do poder de fogo dos artefatos. No celular no suspeito também foram encontrados fotos do carro, placa e da vítima.

“Há ainda nos autos documentado durante a fase inquisitiva que o denunciado fez um estudo acerca da rotina da vítima, a fim de possibilitar a melhor oportunidade para o intento criminoso e, além de se dedicar à conhecer a rotina, no dia fatídico demonstrou certa articulação para o cometimento do crime, pois primeiro fez parecer se tratar de um simples passeio familiar e, logo em seguida, usou de artimanha para trocar de roupas e de veículo de locomoção, a fim de que não fosse levantado suspeitas em seu desfavor”.

Dayane é aponta “participando do evento criminoso para conferir ar familiar ao passeio, com o intuito de não levantar suspeitas”. Ela responde em liberdade por tem um filho menor que precisa de seu sustento.

O caso

Wagner era um empresário investigado na Operação Crédito Podre e foi morto a tiros em fevereiro deste ano. A operação, que foi deflagrada em dezembro de 2017, apontava fraudes na comercialização interestadual de grãos e sonegação de mais de R$ 14 milhões de Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O empresário foi preso, mas depois passou a cumprir a pena com tornozeleira, ficando proibido de entrar na sede da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ), manter contato com os demais acusados e com as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e se ausentar do Estado sem autorização do juízo.
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