Ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Eder Moraes considera que a delação premiada firmada por Luiz Carlos Cuzziol, ex-gerente do Bic Banco em Cuiabá, não tem credibilidade. “É igual biruta de aeroporto, balança para todo lado”, disse ao Olhar Jurídico em contato nesta quarta-feira (5).
 
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Trecho da delação divulgada mostra que Cuzziol delatou Eder como sócio oculto do atual secretário de Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho, na Pequena Central Hidrelétrica São Tadeu Energética. Segundo depoimento, o profissional do ramo financeiro teria ouvido do próprio ex-secretário sobre a sociedade.
 
Contexto descrito cita ainda empréstimos requeridos por Mauro Carvalho junto ao Bic Banco envolvendo o ex-governador Blairo Maggi (avalista) e os empresários Valdir Piran e Junior Mendonça (contribuíram para amortizar a dívida).
 
Conforme Eder Moraes, Cuzziol precisa provar o que delatou. Se não conseguir, responderá por contar mentiras. “É risível. Ele tem a obrigação de mostrar documentos. Se não provar, vai responder por falso testemunho”, finalizou.
 
O advogado Ulisses Rabaneda, defensor de Mauro Carvalho, já afirmou ao Olhar Jurídico que a descrição feita pelo delator converge com a linha de defesa, excluído o trecho em que Eder supostamente se declara sócio oculto da Pequena Central Hidrelétrica. Não houve, conforme Rabaneda, crime no empréstimo junto ao Bic Banco.