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​R$ 200 MIL

Defesa de Arcanjo diz que R$ 200 mil não possuem ‘características’ de transações de jogo do bicho

05 Jun 2019 - 08:20

Da Redação - Vinicius Mendes / Da Reportagem Local - Wesley Santiago

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Defesa de Arcanjo diz que R$ 200 mil não possuem ‘características’ de transações de  jogo do bicho
A defesa do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, patrocinada pelo advogado Zaid Arbid, afirmou que o dinheiro encontrado na mansão de Arcanjo, na deflagração da Operação Mantus, no último dia 29 de maio, não tem relação com o jogo do bicho. Ele explicou que o dinheiro, cerca de R$ 200 mil, é lícito e não tem características das transações do jogo do bicho, já que neste caso as transações são feitas com “dinheiro miúdo”, como explicou.
 
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No último dia 29 de maio as equipes da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) encontraram aproximadamente R$ 200 mil na casa de João Arcanjo Ribeiro. De acordo com Zaid, o dinheiro de Arcanjo tem origem lícita, sem relação com o jogo do bicho, e foi declarado à Receita Federal.
 
“Toda a origem do jogo do bicho é dinheiro trocado, dinheiro miúdo. João Arcanjo Ribeiro tinha R$ 197 mil e poucos reais na casa dele, que é de recursos que ele tem, inclusive declarado no Imposto de Renda. Nem tudo de João Arcanjo Ribeiro está bloqueado e apreendido judicialmente”, explicou.
 
O advogado afirmou que o alto valor tem como origem créditos e operações que Arcanjo fez, sobre reservas e patrimônios que ele ainda tem rendimento líquido. João Arcanjo Ribeiro foi acusado de, juntamente com seu genro Giovanni Zem Rodrigues, liderar uma das organizações do jogo do bicho.
 
Em entrevista o advogado já havia afirmado que nem todo o dinheiro encontrado na mansão de Arcanjo pertencia a ele, mas que parte do dinheiro seria de Giovanni. O advogado, no entanto, nega o envolvimento de Arcanjo na ornanização.
 
“Eu não faço a defesa de Giovanni. João Arcanjo Ribeiro não esteve envolvido, não está envolvido e nada deve ao jogo do bicho. Não posso acusar e não posso estar defendendo ninguém que está fora da minha assistência [como Giovanne]”, disse.
Zaid Arbid afirma que João Arcanjo Ribeiro é inocente de todas as acusações. Ele disse que ainda fará um pedido ao juiz que decretou a prisão do bicheiro, para que ele seja solto. “Com a verdade eu vou pedir para quem decretou, e evidentemente irá soltá-lo”, afirmou.

A operação
 
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou na manhã do dia 29 de maio a Operação Mantus, com o escopo de prender duas organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e com a contravenção penal denominada jogo do bicho.
 
A operação visou dar cumprimento a 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos justamente pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
 
As investigações iniciaram em agosto de 2017, descortinando duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso. Ambas movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.
 
Uma das organizações seria liderada por João Arcanjo e seu genro, Giovanni Zem Rodrigues. A outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.
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