Sequestro de imóveis decretado pelo juiz Jorge Tadeu no seio da Operação Mantus revela que os dois supostos chefes do jogo do bicho em Mato Grosso, apesar de concorrentes, possuíam curiosa relação comercial.

Leia também 
Juiz destaca que organizações praticavam extorsão mediante sequestro para garantir pontos
 
Um prédio que está em nome de João Arcanjo Ribeiro, dono da Colibri, já foi sede da FMC (Ello), empresa de Frederico Coutinho Muller. O Olhar Jurídico apurou que a empresa não opera mais lá. Os dois supostos criminosos, considerados lideres das organizações contraventoras, travavam guerra pelos pontos de jogos.
 
A autoridade policial responsável pela operação argumentou que três imóveis apresentavam correlação direta com os crimes, servindo de localização para funcionamento das empresas que promoveram crimes de lavagem de capitais.
 
Além do prédio onde operava o grupo FMC, localizado em Cuiabá, foram bloqueados os imóveis Colibre Palace Hotel, em Tangará da Serra e Estacione Parking, também em Cuiabá. Todos em nome de João Arcanjo Ribeiro.
 
Cartórios de registros de imóveis de Tangará da Serra e Cuiabá já foram notificados a fim de que procedam à averbação da restrição judicial.
 
A operação

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou, na manhã de quarta-feira, a Operação Mantus, com o escopo de prender duas organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e com a contravenção penal denominada jogo do bicho.

A operação visou dar cumprimento a 63 mandados judiciais, sendo 32 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos justamente pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Tadeu.


Atualizada às 14h14.