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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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sentença de pronúncia

Suposto mandante e braço armado da chacina de Colniza passarão por júri popular

Foto: TVCA

Suposto mandante e braço armado da chacina de Colniza passarão por júri popular
O juiz Ricardo Frazon Menegucci proferiu sentença de pronúncia determinando que dois supostos participantes da chacina de Colniza (1.114 km de Cuiabá) passem por júri popular. A decisão, de sexta-feira (24), atinge o possível mandante, Valdelir João de Souza, conhecido como “Polaco Marceneiro” e Pedro Ramos Nogueira, vulgo “Doca”.
 
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Conforme a decisão, para a sentença de pronúncia basta a “presença de indícios de autoria e prova da materialidade do crime”.

O magistrado considerou que a materialidade delitiva está “satisfatoriamente demonstrada por meio do auto de verificação em local de crime, laudos periciais necropapiloscópicos e certidões de óbito das vítimas”.
 
A chacina, ocorrida no dia 19 de abril de 2017, abrange outros três acusados. Os processos foram desmembrados. Todos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (mediante paga, tortura e emboscada).

Além de Valdelir e Pedro Ramos, foram denunciados Paulo Neves Nogueira, Ronaldo Dalmoneck (o “Sula”) e Moisés Ferreira de Souza (conhecido como “Sargento Moisés” ou “Moisés da COE”).
 
Conforme o MPE, os cinco denunciados pela chacina integram um grupo de extermínio denominado “os encapuzados”, conhecidos na região como “guachebas”, ou matadores de aluguel, contratados com a finalidade de praticar ameaças e homicídios.
 
No dia da chacina, Pedro, Paulo, Ronaldo e Moisés, a mando de Valdelir, foram até a Linha 15, munidos de armas de fogo e arma branca, onde executaram Francisco Chaves da Silva, Edson Alves Antunes, Izaul Brito dos Santos, Alto Aparecido Carlini, Sebastião Ferreira de Souza, Fábio Rodrigues dos Santos, Samuel Antonio da Cunha, Ezequias Satos de Oliveira e Valmir Rangel do Nascimento.

O grupo de extermínio percorreu aproximadamente 9 km, matando, com requintes de crueldade, todos os que encontraram pelo caminho. “Os denunciados executaram as vítimas, em desígnios autônomos, de forma repentina e mediante surpresa, utilizando-se de crueldade, inclusive tortura, dificultando, de qualquer forma, a defesa dos ofendidos”, diz a denúncia.

A crueldade empregada pelo grupo de extermínio pode ser constatada em cada vítima assassinada. Os corpos de Francisco e Edson foram encontrados com ferimentos provocados por arma de fogo, já a vítima Valmir tinha vários cortes causados por golpes de arma branca. Ele foi encontrado degolado e com as mãos amarradas para trás. Os três estavam no lado direito da Linha 15. Cerca de 6 km à frente, em um verdadeiro rastro de morte, foi encontrado o corpo de Izaul, ao lado de sua casa. Ele também foi degolado e estava com as mãos amarradas para trás. Aldo foi morto por disparo de arma de fogo e Ezequias com golpes de faca no pescoço. Os dois estavam no km 2 da Linha 15.

Sebastião foi encontrado dentro de casa. Ele foi executado com golpes de facão. Os dois últimos corpos foram localizados nas proximidades de um córrego. Fábio e Samuel apresentavam ferimentos provocados por arma de fogo.
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