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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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DENÚNCIA

Organização criminosa liderada por Silval atuava em várias secretarias; confira mapa e funções de membros

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Organização criminosa liderada por Silval atuava em várias secretarias; confira mapa e funções de membros
O Ministério Público de Mato Grosso denunciou 17 pessoas pelos crimes de fraude em licitação, fraude processual, extorsão, lavagem de dinheiro e crime contra a administração pública. Entre os denunciados estão o ex-governador Silval Barbosa, o ex-deputado estadual José Riva e o ex-prefeito de Várzea Grande, Wallace dos Santos Guimarães.

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São acusados, ainda, Marcel Souza de Cursi, Pedro Jamil Nadaf, Rodrigo da Cunha Barbosa, Silvio Cezar Correa Araújo, José Jesus Nunes Cordeiro, César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingues, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Karla Cecília de Oliveira,Tiago Vieira de Souza, Fábio Drumond Formiga, Bruno Sampaio Saldanha, Antonio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes da Silva.

A denúncia foi proposta pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco Silva, no dia 12 de abril. O caso é consequência da Operação Sodoma, na junção de todas as fases. O processo será encaminhado à magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal.

Conforme os autos, a organização criminosa liderada por Silval atuava do gabinete do governador a SAD; confira o mapa e funções de membros:

A organização era liderada do gabinete do então governador, Silval da Cunha Barbosa, por intermédio deste e do Chefe de Gabinete, Sílvio Cesar Correa Araujo, pessoa de estreita confiança de Silval.

Atuava, também, a Secretaria de Indústria e Comércio (Sicme/MT), e, posteriormente, a Casa Civil, nas pessoas de Pedro Nadaf e do procurador do Estado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho e, ainda, Karla Cecília de Oliveira Cintra, pessoa de estreita confiança de Nadaf.

Nadaf, inicialmente na Sicme, depois transferido para a Casa Civil, compunha o núcleo de decisão da organização criminosa, distribuindo as tarefas executas por Francisco Gomes e Karla Cintra.

Chico Lima tinha a função de lavar o dinheiro de origem ilícita e, ainda, utilizar o seu cargo de procurador do Estado para dar falso suporte jurídico a diversos atos.

Atuava a Secretaria de Fazenda (Sefaz/MT), na pessoa de Marcel Cursi, inicialmente ocupando o cargo de secretário adjunto da receita pública e depois como secretário de Fazenda. O papel de Marcel na organização criminosa era o de encarregado pela criação de artimanhas jurídicas para respaldar e garantir receita ilícita para o grupo, elaborando normas ou arquitetando procedimentos, revestidos de falsa regularidade e legalidade.

A Secretaria de Estado de Administração, na pessoa de César Roberto Zílio, que ocupou o cargo de secretário de Estado durante o período de dezembro de 2010 a janeiro de 2013 e, de janeiro de 2013 a dezembro de 2014, permaneceu na organização ocupando o cargo de presidente do MT Participações e Projetos S/A (MT-PAR).

Ocupando o cargo de secretário, tinha como tarefa, ostensivamente, em nome da organização criminosa, identificar fonte de receita de vantagem indevida e, após a identificação, exigir e receber os valores da vantagem.

Pedro Elias Domingos de Mello, que ocupou os cargos de secretário adjunto de gestão de gastos, até ser nomeado Secretário de Estado de Administração, de janeiro de 2014 a dezembro de 2014.

Pedro Elias, investido no cargo de secretário de Estado, em nome da organização criminosa, tinha a incumbência de identificar fonte de receita de vantagem indevida e recebê-la, sendo que antes desta tarefa, atuava como“fiscal da propina”, cabendo-lhe a tarefa de verificar se o valor ajustado da vantagem indevida estava sendo re colhido e repassado corretamente ao líder.

José de Jesus Nunes Cordeiro, que ocupou o cargo de secretário adjunto de administração durante o período de junho de 2010 a dezembro de 2014, nomeado por Silval. José Cordeiro, durante todo o período em que participou da organização criminosa, tinha a tarefa de “ajustar” os processos licitatórios aos seus intentos criminosos. detinha total liberdade para iniciar e conduzir tais processos, buscando sempre obter vantagem ilícita a favor do grupo criminoso em total prejuízo aos interesses públicos.

Além das secretarias, Rodrigo da Cunha Barbosa, filho do então governador, representava diretamente o líder, Silval Barbosa.
Os outros nomes presentes na denúncia exerciam papel periférico.




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