Candidata a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB-MT) nas eleições deste ano, a advogada Luciana Serafim define como uma das principais frentes de sua campanha a luta da classe na busca por transparência na gestão da instituição e uma melhor representatividade da categoria.
“A sociedade espera muito dos dirigentes e a OAB precisa fazer o dever de casa. A Ordem tem que cobrar e dar exemplo, não ficar esperando ninguém para cobrar dela”, afirmou a advogada, durante entrevista ao
Olhar Jurídico.
Para a advogada, apesar de encabeçar candidatura fora da atual gestão da Ordem não deve haver uma divisão entre oposição e situação, mas sim propostas e ações que visem o interesse coletivo dos advogados mato-grossenses.
Atualmente, além de Serafim um segundo grupo de advogados encabeçado por João Scaravelli, Bruno Boaventura, Pio da Silva entre outros, tem feito frente contra a composição articulada pelo presidente da seccional Claudio Stábile. Porém ela ressalta ter se reunido com os demais colegas na tentativa de articularem apenas uma candidatura para enfrentar a atual gestão.
“A tendência é convergirmos todos em prol de um interesse maior. Eu estou aberta a eles sem intransigência, mas no momento atual se torna inviável e impossível eu recuar de minha candidatura, mas estou esperando de braços abertos para somarmos”, garantiu a candidata se referindo ao grupo contrário a Stábile.
Questionada sobre a possível interferência política nas eleições da OAB, em Mato Grosso, a advogada foi taxativa ao afirmar que a participação de advogados na política partidária é de suma importância para a categoria, porém deve haver uma separação das políticas de classe.
“A interferência política é abominável e repudiada. Vejo como positiva a participação de advogados na política partidária, pois também representa a advocacia, porém não pode ser confundida com militância partidária dentro da OAB”.
Outros pontos defendidos por Luciana é uma participação mais efetiva das mulheres na OAB além da defesa indispensável dos advogados. Ela pontua que em muitos casos não a uma atuação contundente da Ordem, em prol da categoria.
Eleições
As eleições da OAB estão previstas para a segunda quinzena de novembro a data é definida por cada seccional. Atualmente as chapas concorrem com cerca de 80 nomes entre conselheiros titulares, suplentes, Caixa da Assistência do Advogado (CAA) e conselheiros federais.
Sobre a composição da chapa Luciana Serafim se limitou a afirmar que inicialmente está construindo propostas com a participação de uma equipe de advogados que já apóia sua candidatura. “Não estamos preocupados com cargos, mas sim com propostas”.