Olhar Jurídico

Sábado, 20 de abril de 2024

Notícias | Criminal

pagou empréstimo

Processo sigiloso envolvendo Piran e Mauro Carvalho cita depósito suspeito de R$ 5 milhões

Foto: Reprodução

Processo sigiloso envolvendo Piran e Mauro Carvalho cita depósito suspeito de R$ 5 milhões
Processo sigiloso envolvendo o secretário de Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho, em transação suspeita realizada pelo empresário Valdir Piran aciona ainda mais oito pessoas. A ação penal gira em torno de precatórios negociados com a construtora Andrade Gutierrez e descreve sistemática parecida à descrita em processo proposto em junho (o mais recente citando o delator premiado Junior Mendonça).

Leia também 
Justiça recebe ação e torna donos da SportCars réus por apropriação indébita e estelionato

 
São acionados, além de Mauro Carvalho, os ex-secretários de Fazenda Eder Moraes e Edmilson José dos Santos, o ex-presidente da Andrade Gutierrez, Rogério Nora de Sá, o vice-presidente jurídico da empreiteira, Luiz Otávio Mourão, o empresário Valdir Piran e seu filho, Piran Junior, Cleabedais Mantovani e o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho.
 
Segundo os autos, o grupo de pessoas executaram atividades típicas de instituições financeiras sem a devida autorização do Banco Central.

Transação supostamente irregular arquitetada por Eder Moraes com a Andrade Gutierrez destinou R$ 288 milhões ao empresário Valdir Piran por meio de contrato de cessão de direitos de precatórios.

Mauro Carvalho é acusado de ter lavado uma pequena parte do dinheiro destinado a Piran.
 
Conforme o MPF, Piran, por meio da Piran Sociedade de Fomento Mercantil, transferiu à Pequena Central Hidrelétrica São Tadeu Energética o montante de R$ 5,8 milhões. A PCH é propriedade de Mauro Carvalho.

Do montante de R$ 5,8 milhões, a quantia de R$ 2,6 milhões foi paga em cheques depositados na conta de titularidade da São Tadeu no Bic Banco.
 
“Há robustos elementos de prova que revelam a realização de elaborada engenharia financeira para que Eder de Moraes Dias, por meio de triangulação levada a efeito através do pagamento ilegal dos precatórios, e com o auxílio dos representantes da construtora Andrade Gutierrez S/A, desviasse recursos dos cofres do estado de Mato Grosso para quitar dívidas do grupo político, dívidas essas constituídas a partir de empréstimos concedidos em favor da empresa São Tadeu Energética”, afirmou o MPF na denúncia.
 
O órgão ministerial ainda cita notas promissórias com valor total de R$ 11 milhões emitidas à Piran Sociedade de Fomento Mercantil assinadas por Eder, as quais ostentam menção à São Tadeu Energética.

A ação foi proposta em 2015 e permanece em sigilo.

Delator

O delator premiado Luiz Carlos Cuzziol, ex-superintendente do Bic Banco em Cuiabá, prestou depoimentos ao Ministério Público Federal afirmando que Eder Moraes se identificou como sócio oculto da PCH São Tadeu.

O colaborador explicou ainda que o ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, atuou dando garantias ao empréstimo da PCH junto ao Bic Banco.

Cuzziol disse também que parte da dívida na instituição financeira foi paga com a ajuda de Piran e Junior Mendonça. O socorro junto aos operadores financeiros ocorreu quando parcelas estavam atrasadas. 
 
Outro lado
 
A defesa de Mauro Carvalho, patrocinada pelo advogado Ulisses Rabaneda, afirmou ao Olhar Jurídico que o empréstimo junto ao Bic Banco pagou a resolução de sinistros durante a construção da PCH São Tadeu. Não haveria retorno ao suposto grupo político.
 
Por sua vez, os valores recebidos de Valdir Piran, cerca de R$ 5 milhões, serviram para quitar a primeira transação financeira no Bic Banco. A defesa garante que Mauro Carvalho quitou o que devia em todas as negociações, o que desconfigura o suposto ato de lavagem de dinheiro.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet