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Notícias / Civil

Proprietário da Central da Moda diz que Mandado de Penhora e Remoção estava errado

Da Redação - Vinicius Mendes

O representante do Grupo Central da Moda, Júlio Cesar Pereira, afirmou que o Mandado de Penhora e Remoção e o seu cumprimento, no último dia 23 de outubro, estavam errados. Segundo ele, na petição o titular da dívida estava com o endereço errado e seus produtos não foram retirados da maneira como deveria. O grupo está em processo de Recuperação Judicial por dívidas giram em torno de R$ 1 milhão.
 
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No último dia 23 de outubro foi efetuado arresto de bens da Central da Moda por débito no valor de R$ 266.754, em cumprimento ao Mandado de Penhora e Remoção, oriundo de Ação de Execução movida contra o grupo pela empresa Zuah Textil Ltda-ME. Por causa disso grande parte da mercadoria foi levada, resultando no fechamento das portas, causando sérios prejuízos ao prosseguimento da recuperação judicial.

“Fomos pegos totalmente de surpresa. Abrimos a loja, como já é de costume, às 8h, para poder realizar um trabalho nosso, com a nossa equipe, com os colaboradores, e fomos surpreendidos por três oficiais de Justiça, que entraram dentro da nossa empresa, um despreparo muito grande, sabendo do feito incorreto e irreal, porque a empresa está blindada por uma recuperação judicial”, disse Júlio Cesar Pereira.

Júlio Cesar disse que tentaram entrar em contato com o administrador judicial do seu processo de Recuperação Judicial, mas ele não teria comparecido. Ele avalia que cerca de 90% do seu estoque foi levado naquele dia.

“[Foi] muito bem organizada, que eu até não chamaria isso de penhora, eu trato isso como uma operação, realizado com vários feitos errados, que nos prejudicou, nos proporcionando hoje um prejuízo gigantesco”, desabafou o empresário.

O representante do grupo ainda disse que a petição judicial estava errada, pois apontava endereço errado da titular da dívida.

“O bem da verdade, o advogado da ordem, pegou o CNPJ de uma empresa, cito, com sede estabelecida no CPA, realizou uma petição judicial, colocando uma razão social de uma empresa com sede na Avenida São Sebastião, montou isso e peticionou. Na minha opinião ele induziu a juíza ao erro, no qual não tivemos oportunidade de defesa”.

Ele também afirmou que a maneira como os seus produtos foram retirados não foi como deveria ter sido feito. “A penhora é realizada de uma forma, o mandado, ele tem que ser cumprido, separado o produto, relacionado, contado e assinado pela credora e por nós como devedores. Este feito foi burlado. Pegaram o nosso produto, jogaram dentro de um caminhão de qualquer forma”.

Segundo Júlio, a própria titular da dívida teria apontado o erro, mas acabou sendo levada à delegacia. “A titular da dívida, que a empresa é no CPA, compareceu até a nossa empresa explicando que aquele não era o endereço, que o problema era lá no CPA. Acabou acontecendo o que? Foram à delegacia, para prestar depoimento, no qual acabou ficando detida, passou uma noite detida. Tem dois filhos, foi sair no outro dia após a audiência de custódia, isso 21h”.

O empresário ainda disse que o que aconteceu é “irreparável ao nome Central da Moda”, mas garantiu que a empresa é idônea e tem experiência de mercado, por isso acredita na viabilidade da Central da Moda e que ela deve se reerguer.

“Fomos vítimas de um erro que foi induzido à magistrada da 11ª Vara, a realizar esta situação, mas hoje já estamos cobertos pela Justiça, pelo TJ, que nos proporcionou a tutela, colocando na 1ª Vara, de concordatas em Recuperação Judicial, no qual está sendo hoje analisada a nossa possibilidade de recuperarmos este estoque. Tanto é que, dentro de uma relação que os oficiais entregaram, fizeram uma coisa que não existe, eu tenho fotos da loja cinco minutos antes e oito horas depois, fizeram um vandalismo dentro da minha empresa, no qual eu vou buscar os meus direitos. Não quero dinheiro, eu quero Justiça, eu só quero que a Central da Moda volta ao mercado, eu quero trabalhar”.
 
 
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