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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Civil

​OPERAÇÃO SANGRIA

Juíza bloqueia pagamentos de secretarias a empresa investigada por esquema na Saúde

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Juíza bloqueia pagamentos de secretarias a empresa investigada por esquema na Saúde
A juíza Vandymara Paiva Zanolo, 4ª Vara Cível de Cuiabá, determinou o bloqueio de R$ 102.240 em créditos que a empresa Proclin tem com as Secretarias de Estado e Municipal de Saúde. O pedido foi feito por cinco médicas que afirmaram que estão trabalhando há seis meses sem receber salário.
 
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As médicas afirmaram que, por meio de um contrato, executaram serviços através da empresa no Hospital Metropolitano, no Hospital São Benedito e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo elas, desde agosto de 2018 a Proclin não paga seus salários.
 
Elas então pediram o bloqueio de R$ 102.240, referente a créditos da Proclin junto à Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso e à Prefeitura Municipal de Cuiabá. A juíza reconheceu o risco das médicas não receberem o salário em decorrência da rescisão dos contratos da Proclin com o Estado e Prefeitura, por causa dos fatos apontados na Operação Sangria.
 
“O perigo de dano decorre do risco de as autoras não receberem os valores devidos a título de contraprestação pelos serviços médicos, mesmo porque é pública a situação da empresa ré de investigada pela ‘Operação Sangria’; e houve a rescisão dos contratos firmados entre a empresa ré e os Hospitais Metropolitano de Cuiabá e São Benedito, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência”, citou a juíza.
 
A magistrada então deferiu o pedido das médicas e determinou o bloqueio de R$ 102.240, referente aos créditos da empresa com a Secretaria de Estado de Saúde e com a Prefeitura Municipal de Cuiabá. Ela também designou para o próximo dia 22 de abril uma audiência de conciliação entre as partes.
 
Operação Sangria II
 
A operação, oriunda de investigação da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), é desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos das empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.
 
Foram alvos de mandado de prisão: o ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia; Fábio Liberali Weissheimer (médico); Adriano Luiz Sousa (empresário); Kedna Iracema Fonteneli Servo; Luciano Correa Ribeiro (médico); Flávio Alexandre Taques da Silva, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.
 
O nome da operação “Sangria” é alusivo a uma modalidade de tratamento médico que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças, que pode ser de diversas maneiras, incluindo o corte de extremidades, o uso de sanguessugas ou a flebotomia.
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