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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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ENVOLVIDO EM ACIDENTE

​TJMT condena seguradora a indenizar cliente inadimplente com seguro DPVAT

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

​TJMT condena seguradora a indenizar cliente inadimplente com seguro DPVAT
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou recurso da Seguradora Lider, condenada a pagar o seguro DPVAT a um cliente inadimplente. A seguradora deve fazer o pagamento do seguro no valor de R$ 2.531,25, das custas processuais e ainda aumentou os honorários advocatícios em R$ 2 mil.
 
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O fato do proprietário de veículo estar inadimplente com o seguro DPVAT, não é motivo para que a seguradora conveniada deixe de fazer o pagamento da indenização. Com este entendimento a Primeira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou o recurso de apelação apresentado por uma seguradora contra sentença de Primeiro Grau.
 
A seguradora recorreu ao Tribunal de Justiça afirmando que a demanda deveria ser julgada totalmente improcedente, em razão da ausência de cobertura técnica, decorrente do não pagamento do prêmio do seguro obrigatório dentro do prazo de vencimento.
 
No voto, o relator do processo, desembargador Sebastião Barbosa Farias, cita entendimentos do tribunal mato-grossense e também do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para embasar a decisão. Este último, como precedente para a edição da Súmula 257.
 
“Tendo em vista que a Súmula 257 do STJ não faz qualquer menção à hipótese de impossibilidade de pagamento de indenização ao proprietário do veículo que se encontrava inadimplente com o pagamento do seguro DPVAT, inviável o acolhimento da tese sustentada pela seguradora”.
 
Com isso, o magistrado afirmou ser devido pagamento da indenização do DPVAT à parte autora, independente da situação de recolhimento do prêmio, na qualidade de proprietária de veículo envolvido no acidente.
 
“Diante do exposto, não poderia ser outra a conclusão do juízo singular, que considerou parcialmente procedente a demanda, não havendo o que se reformar na decisão, razão pela qual mantenho a sentença em todos os seus termos”, afirmou o desembargador.
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