Olhar Jurídico

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Notícias | Criminal

Antes de ser detido

Alan Malouf acusa empresários do grupo de Taques de tentarem barrar delação

Foto: Olhar Direto

Alan Malouf acusa empresários do grupo de Taques de tentarem barrar delação
Os empresários Juliano Bortoloto e Erivelto Gasques da empresa de materiais para construção Todimo tentaram fazer uma espécie de pressão ao também empresário Alan Malouf para que ele não comprometesse o governador Pedro Taques (PSDB) ao ser preso. A informação foi prestada pelo próprio Malouf em depoimentos anexados em sua delação premiada firmada com o Ministério Público Federal (MPF).

Leia também
Grupo de empresários ‘investiu’ R$ 7 milhões em ‘caixa 2’ na campanha de Taques; veja lista


Segundo Malouf, os empresários entraram em contato as vésperas de sua prisão dizendo que ‘estavam cuidando de tudo’, deixando a entender que ele não seria preso. A conversa aconteceu alguns dias antes de sua prisão.

“Narra que dois simpatizantes os empresários que se mantiveram ao lado do Governador (Erivelton e Juliano), às vésperas da prisão do colaborador informaram que estariam "cuidando de tudo", no sentido de que este não seria preso”, disse o empresário.

A denúncia

Em 19 de abril de 2018, foi homologado o acordo de delação premiada, firmado entre o Ministério Público Federal e Alan Ayoud Malouf, com a finalidade de obter elementos de prova contra os investigados na Operação Rêmora, conduzida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso.

No requerimento de homologação do acordo, o Ministério Público Federal esclareceu que o relator revelou dados de um esquema de arrecadação de verbas, captadas mediante a doação de empresários, e a formação de chamado caixa dois, destinadas à campanha eleitoral de Pedro Taques ao Governo do Estado de Mato Grosso, em 2014.

Segundo asseverou, o retorno aos doadores consistiria na celebração de contratos, regulares ou não, com o Estado de Mato Grosso. O MPF também destacou a existência de vinte cadernos anexados ao acordo de colaboração premiada, nos quais está descrita a interlocução do delator com o governador e outras autoridades que detêm a prerrogativa de serem processadas no Superior e no Supremo, entre elas o deputado federal Nilson Leitão.

Malouf ainda apontou um esquema de desvio de recursos públicos, por meio de fraudes a licitação, no âmbito da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer de Mato Grosso, durante a gestão do então secretário Permínio Pinto Filho.  

Outro lado

Confira abaixo a íntegra do posicionamento de Pedro Taques:

Conforme já declarado desde 2016, o governador Pedro Taques nega a prática do chamado “Caixa 2” em sua campanha eleitoral ao Governo de Mato Grosso em 2014 e tampouco autorizou vantagens indevidas a qualquer empresa durante o exercício do mandato. Apesar de citado por delator em acordo de delação premiada, Taques não é réu no processo da chamada “operação Rêmora” e terá direito a ampla defesa nos autos. O governador já constituiu advogados para atuar no processo e garantir que a verdade prevaleça.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet