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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Processo remetido

Policial que agrediu idoso de 91 anos vai responder apenas por abuso de autoridade em juizado criminal

Foto: Reprodução

Policial que agrediu idoso de 91 anos vai responder apenas por abuso de autoridade em juizado criminal
O investigador da Polícia Civil, Ailton Afonso Batista, que foi flagrado agredindo e empurrando um idoso de 91 anos, identificado como Vitalino Xavier Santos, em uma agência bancária de Cuiabá, em julho deste ano, irá responder criminalmente apenas por abuso de autoridade no Juizado Criminal Especial. O promotor de Justiça, Adriano Augusto Streicher de Souza, entendeu que não houve injúria racial e a o delegado responsável pelo caso não vislumbrou lesão corporal na ação.

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Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual (MPE), a Polícia Civil terminou o inquérito e indiciou o investigador pelos crimes de injúria racial, abuso de autoridade e calúnia. O processo seguiu para o promotor, que após ouvir testemunhas, entendeu que não houve a injúria.
 
Como o promotor entendeu que houve apenas a calúnia e o abuso de autoridade, remeteu o processo para o Juizado Criminal Especial, já que o primeiro não pode ser denunciado pelo Ministério Público e o segundo é de menor potencial ofensivo. O pagamento de cestas básicas é um provável desfecho do caso, já que o teto de pena seria de um ano de detenção.
 
O caso
 
Em julho deste ano, um policial civil foi flagrado agredindo um idoso de 91 anos, identificado como Vitalino Xavier Santos. Ele chegou a registrar Boletim de Ocorrência. O policial civil é lotado na Delegacia de Repressão e Entorpecentes (DRE). Ainda não se sabe as circunstâncias do fato, mas um vídeo gravado por testemunhas mostra o momento que o idoso é empurrado e atirado ao chão.
 
O investigador se manifestou por meio de nota e pediu perdão à vítima, seus familiares, à comunidade mato-grossense e à sua própria família: “Eu estou convencido de que deveria ter agido com a razão, em vez de me deixar levar pela emoção, pois é esta a postura que se espera de um policial civil com 51 anos de idade”, disse.
 
O investigador ainda justificou que desempenha uma função de sobrecarga de serviço e que trabalha sob pressão. “Antes de ser policial civil, eu também sou um ser humano sujeito a erros como qualquer outra pessoa. E eu estou ciente do meu erro, e preparado para responder pelo que fiz”.

Veja vídeo gravado por testemunhas: 

 
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