O empresário Carlos Augusto Ramos, vulgo Carlinhos Cachoeira, só deverá se pronunciar à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) depois de sua defesa ter acesso a todos os documentos do processo que ele responde na Justiça Federal por contravenção e evasão de divisas.
A garantia foi dada pelo advogado de Cachoeira, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, que concedeu uma concorrida e nervosa entrevista coletiva após a participação do empresário, por mais de duas horas, em depoimento da CPI nesta terça-feira (22).
"Vamos olhar todos os documentos do processo a respeito das operações Vegas e Monte Carlos. Antes disso, ele não vai se pronunciar. A análise destas informações deve levar entre seis e sete semanas", declarou.
Thomaz Bastos orientou Cachoeira a manter-se calado durante as mais de duas horas de sessão da CPI. Sempre que perguntado, o empresário afirmou que se preservaria no direito constitucional de permanecer calado.
Quesionado sobre a possibilidade de Cachoeira se beneficiar de uma eventual delação premiada, em que o preso presta informações à justiça para ter diminuida sua pena, Márcio Thomaz Bastos disse que esta hipótese não está sendo analisada.
"Não trabalhamos com a possibilidade nem estamos negociando nenhuma forma de delação premiada", afirmou Bastos.
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